Magia prática
Entenda fluxos e refluxos da maré humana
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Se Você der uma olhada à sua volta, logo observará, em todas as manifestações da natureza, a sucessão dos ciclos positivos e negativos. Tomemos o exemplo mais simples o nascer do Sol. Nos primeiros raios de luz solar a Natureza desperta; as atividades aumentam; a vida estremece. Pouco a pouco, na medida em que o Sol, no seu movimento aparente, se dirige para o meio do céu, o calor aumenta, a luz é mais intensa e as atividades se tornam mais dinâmicas. Quando chega o zênite, ponto mais alto da sua “escala” diária, o Sol está mais forte. E aí começa a declinar, rumo ao ocaso, mas ainda é dia, ainda há vida e há calor. Por fim, o Sol se põe. Terminou o ciclo positivo e inicia-se o ciclo negativo, que atingirá o ápice quando o Sol chegar no fundo do céu e terminará quando o astro-rei brilhar novamente no horizonte oriental, começando um novo ciclo positivo.
O ciclo lunar é outro exemplo típico de movimento cíclico. Da Lua Nova à Lua Cheia, o satélite terrestre parece crescer, e experiências de milhares de anos apontam como certo que esta é uma fase em que a Lua tem efeitos mais definidos sobre a Terra. Da Nova à Cheia, temos o ciclo positivo. Da Cheia à Nova, o ciclo negativo. Poderíamos alinhavar dezenas ou centenas de outros exemplos: maré enchente, maré vazante; o ciclo das estações; os períodos da História. Em tudo, invariavelmente, o positivo e o negativo se sucedem. A polaridade aqui entendida no sentido de correntes elétricas, não no sentido ético.
No nosso organismo, ocorre exatamente o mesmo. O simples movimento respiratório é uma série de miniciclos – inspiramos o ar, positivo; expiramos, negativo. O estudo dos ciclos do biorritmo chega também à mesma idéia das fases positivas e negativas. Mas o que vamos examinar agora é o ritmo respiratório, a sucessão das fases positiva e negativa da nossa respiração nas 24 horas do dia.
De duas em duas horas, aproximadamente, passamos a respiração de um lado para outro das nossas narinas. Durante cerca de duas horas, respiramos pelo lado direito – é o ciclo positivo, que os orientais chamam de respiração solar; durante alguns minutos respiraremos pelas duas narinas e, logo em seguida, passamos a respirar pela narina esquerda – o ciclo negativo, que no Oriente chamam de respiração lunar. Com esta sucessão dos ciclos, há um equilíbrio entre o esforço, a atividade maior, o aumento da temperatura corporal, a tensão geral da fase positiva, e a tendência ao repouso, à queda da temperatura, ao relaxamento da fase negativa. Quando respiramos pela narina esquerda, estamos no nosso quarto-minguante, na nossa maré vazante; quando respiramos pela direita, ingressamos no nosso quarto-crescente, na nossa maré enchente.
Os ciclos positivos e negativos da respiração sucedem-se naturalmente, mas Você pode decidir-se a qualquer momento por esta ou aquela fase. Se Você está se sentindo preguiçoso, indisposto, por exemplo, pode passar a respiração para o lado direto, respirar profundamente durante alguns momentos e logo verá, mantendo a respiração pela direita, que seu corpo experimenta um novo despertar. Se, ao contrário, Você deseja relaxar, basta passar a respirar pela esquerda e em breve seu organismo perderá a tensão. Oportunamente, será visto com maiores detalhes o que acontece e o que pode ser feito durante as fases solar e lunar da respiração.
Mas há outro processo para Você fazer subir ou descer, quase instantaneamente, o seu ritmo vital. É uma velha prática que vem dos templos egípcios, dos dias de Buda, dos druidas. Eu disse que o movimento respiratório é um miniciclo positivo/negativo. Realmente, quando inspiramos o ar, absorvemos energia, força, calor – e quando expiramos, expelimos energia. Agora, pare e observe sua respiração. O que acontece? Entre a inspiração e a expiração, há um espaço que pode ser de alguns segundos, ou de frações de segundos, em que o ar é retido nos pulmões. Igualmente entre a expiração e a inspiração, ocorre outro lapso de tempo, da mesma forma menor ou maior, variando de pessoa a pessoa, das condições emocionais, de uma série de fatores.
Vamos agora experimentar reter o ar fora e dentro dos nossos pulmões. Antes, porém, façamos uma ligeira consideração sobre dez importantes figuras, que estão em nossa companhia: as pontas dos dedos. Dos dedos das mãos, bem entendido. Além da parte mecânica que lhes cabe, as pontas dos dedos têm outras importantes funções, estudadas com carinho pelo Ocultismo. Elas são, ao mesmo tempo, antenas receptoras e transmissoras de energia. Por elas (e pelas palmas das mãos) estamos eliminando constantemente uma porção de coisas com as energias que por elas escapam.
Ora, se é verdade que eliminamos energia pelas pontas dos dedos, o que acontece se unirmos as pontas dos dedos da mão direita com as pontas da mão esquerda? O circuito está fechado, não é? Se as pontas dos dedos são emissoras e receptoras de energia, juntando-as, nós vamos passar para a mão esquerda as energias que estão sendo eliminadas pela direita e vice-versa. Então, se juntamos as pontas dos dedos das duas mãos, estamos retendo energia, estamos segurando nossa força.
Voltemos ao positivo/negativo.
Quando Você inspira, está na fase positiva da respiração; quando Você para, por um minuto de tempo que seja, entre a inspiração e a expirar, Você está prolongando a fase positiva do movimento respiratório. E, é claro, quando Você faz outra paradinha, entre a expiração e a inspiração, Você está prolongando a fase negativa desse movimento. A conclusão é obvia demais: se Você demora mais um bocadinho entre a inspiração e a expiração, por um ato de vontade, Você retém mais energia positiva no seu organismo; e se Você por mais uns segundinhos o espaço entre a expiração e a inspiração, Você está aumentando suas reservas de energia negativa – e cada uma delas é igualmente necessária, cada uma têm suas aplicações adequadas.
Nosso objetivo é o governo das energias, sua orientação, seu aproveitamento. É claro que quanto maior for nossa reserva de energia, maiores serão as nossas condições de êxito. Você aprendeu que, juntando as pontas dos dedos das duas mãos, estará retendo energia. Então, faça isso constantemente. Sempre que houver oportunidade – em casa, conversando, num cinema, num teatro, em qualquer parte, junte as pontas dos dedos. Se for possível, feche os olhos também. Você um dia saberá que fechar os olhos é, às vezes, muito mais importante do que tê- los abertos.
Então… Mãos à obra!
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Texto extraído do livro Portal da Magia. SEABRA, Geraldo. 2005. Geraldo Seabra, Jornalista, Astrólogo, Alquimista, Tarólogo, fundador do Colégio dos Magos de Brasília e autor do livro Portal da Magia – @colegiodosmagosesacerdotisas
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