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Luta diária

Entre a terra, o horizonte e a busca por si mesmo no Sertão

Publicado

Autor/Imagem:
Acssa Maria - Texto e Foto

No sertão, o tempo parece correr diferente. O sol nasce com calma, iluminando a terra avermelhada e as casas de barro que resistem firmes ao vento e à seca. Entre a imensidão do chão rachado e o azul profundo do céu, há um silêncio que fala — fala de fé, de espera e de autoconhecimento.

Quem vive ali aprende cedo que o sertão é mais do que um lugar — é um espelho. A cada passo, o homem se encontra com sua própria força, e também com suas fragilidades. Na solidão da paisagem, há espaço para pensar, para sentir e, principalmente, para se reencontrar.

O sertanejo não corre: caminha com o tempo, com o peso e a leveza da vida. Olha o horizonte e entende que o que procura pode estar ali, no meio da seca, escondido entre o vento e o pó. Porque, às vezes, é preciso se perder na vastidão para se achar inteiro.

No fim do dia, quando o sol se despede pintando o céu de laranja e o chão de ouro, tudo parece fazer sentido. O sertão ensina que a busca por si mesmo não termina — ela apenas muda de forma, como as nuvens que dançam sobre o horizonte

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