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Desejos silenciados

Entre Estrelas Que Não Me Tocam

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Sob o véu da lua silente, em noites de ausência,
teus olhos cintilam como astros que não alcanço,
e no murmúrio das horas que não passam,
teu nome ressoa como um eco que não se apaga.

Amei-te em segredo, como o oceano ama a lua,
com marés que sobem sem serem vistas,
com ondas que se quebram sem serem ouvidas.
Foi um amor que nasceu sem permissão,
mas que floresceu em cada pulsar do meu ser.

Tentei fugir do teu brilho,
mas cada passo me levava de volta ao teu céu.
Em mim, tua ausência é presença constante,
como sombra que não se dissipa ao amanhecer.

Que a luz te envolva com ternura,
que teus caminhos sejam suaves como brisa,
enquanto eu, feito penumbra,
carrego o peso de um amor que não se fez abraço.

Sonhos partidos, desejos silenciados,
guardarei como relíquias de um tempo que não voltou.
E se o tempo for gentil,
que cure o que ficou em nós
e te proteja,
do amor que ainda vive em mim.

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