Vem, amor
Entrega sem bússola
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Vem, amor, sem mapas nem destino,
perde-te no calor que pulsa sob minha pele,
onde cada suspiro é encantamento,
e cada toque, um portal que se abre só para ti.
Desvenda meus mistérios com delicadeza,
descobre o arrepio que mora na curva do meu silêncio,
a vertigem que nasce do som do teu nome,
o ímpeto que transborda quando teus gestos me reclamam.
Deixa-me ser teu devaneio, tua morada secreta,
dança comigo sem relógio, sem lógica, sem freios,
grava em mim teus lábios como brasas suaves,
e que cada beijo seja uma promessa selada no sopro da alma.
Minha boca te espera, sedenta pela tua intensidade,
pela doçura que me acende como constelação em noite clara,
pela força que me leva à beira do desconhecido,
onde só tu sabes me fazer mergulhar.
Dissolve-te em mim, sem volta, sem razão,
que o êxtase apague nossos nomes,
que o sentimento nos desfaça, nos desate, nos revele,
até que não reste mais mundo além deste instante,
nem verdade maior do que o tremor de dois corpos em comunhão.