O premiado
Escritor Número 1, sob o olhar de quem conhece
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Quando conheci meu marido, o escritor Eduardo Martínez, no longínquo ano de 2011, ainda na fase do flerte, ele me disse, com aquele ar tranquilo e seguro, que era escritor. Confesso que na hora pensei que fosse apenas uma jogada para me impressionar. Afinal, escritor é uma palavra que carrega um certo charme, especialmente dita num início de romance. Mas logo descobri que era verdade: na época ele já tinha dois livros publicados, e a escrita não era só um hobby, era parte dele.
Com o tempo, percebi que aquela habilidade estava, de certa forma, adormecida. Não por falta de talento, pois isso ele sempre teve de sobra, mas talvez pela vida, pelas responsabilidades e pelas urgências que às vezes sufocam o que a gente ama fazer. E eu, que sempre admirei a escrita e os escritores, tratei de lembrar a ele, com carinho e insistência, do quanto suas palavras mereciam o mundo. Incentivei cada novo texto, celebrei cada publicação, segurei a ansiedade nos períodos de silêncio criativo e aplaudi, orgulhosa, cada conquista.
Hoje, ele é um grande escritor, premiado, respeitado, lido. Mérito dele, claro. Mas, no fundo, eu guardo comigo a sensação de que fiz parte dessa jornada. Porque até as maiores habilidades precisam de incentivo para florescer. E de amor, muito amor, para se sustentar.