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Lutar e lutar

Esperança sobrevive entre dificuldades e terra árida do Sertão

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Autor/Imagem:
Acssa Maria - Texto e Foto

O sertão nordestino é, ao mesmo tempo, cenário de dureza e de poesia. O sol inclemente castiga a terra, o vento levanta poeira e a chuva, quando chega, é quase sempre imprevisível e escassa. É um território marcado por longas estiagens, onde a vida se reinventa diariamente diante da seca.

A paisagem árida, de galhos retorcidos e chão rachado, esconde histórias de luta e superação. A falta de água compromete a agricultura, dificulta o acesso à alimentação e impõe limitações ao desenvolvimento econômico da região. Muitas famílias vivem da subsistência, plantando milho, feijão e criando pequenos rebanhos, sempre à mercê do clima incerto.

Mas se a natureza é dura, o sertanejo é ainda mais resistente. A resiliência desse povo é símbolo de identidade nacional. Entre cisternas construídas para captar água da chuva, projetos de irrigação e a força das comunidades, o sertão mostra que, apesar da escassez, a esperança nunca seca.

A cultura popular também é uma forma de resistência. Na poesia de cordel, nos aboios dos vaqueiros, nas canções de forró e nos contos passados de geração em geração, o sertão preserva sua alma e encontra formas de manter viva a esperança.

Especialistas apontam que os investimentos em tecnologias hídricas e energias renováveis, como a solar e a eólica, podem transformar o sertão em um polo de oportunidades. Ao mesmo tempo, é preciso garantir políticas públicas que assegurem dignidade às famílias sertanejas.

Entre a terra árida e a esperança, o sertão segue pulsando, mostrando que a vida, mesmo sob o sol mais quente e no chão mais seco, sempre encontra um jeito de florescer.

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