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Os presidenciáveis

Estadão/Ipsos mostra quem é quem nos índices de rejeição

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Autor/Imagem:
Caio Sartori,

A campanha eleitoral melhorou a imagem de algumas figuras públicas que são monitoradas pelo Barômetro Político Estadão-Ipsos e são candidatas a presidente. Entre os presidenciáveis, Geraldo Alckmin (PSDB) deixou a liderança isolada no ranking da desaprovação – sua taxa caiu de 70% para 65% em um mês – e empatou tecnicamente com Jair Bolsonaro (PSL), com 64%.

Dentre os cinco candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro foi o único que não teve melhora nos números em relação ao levantamento anterior do Ipsos, feito em agosto, quando tinha 61% de desaprovação. No entanto, considerada a margem de erro de três pontos porcentuais, a oscilação pode não configurar um aumento real.

A aprovação a Bolsonaro subiu além da margem: foi de 24% para 28%, o que mostra os efeitos da campanha. Em agosto, ele era desconhecido de 15% dos entrevistados. Agora, só o é para 8%. Alckmin também viu a aprovação aumentar: de 17% para 23%.

Marina Silva (Rede) vem em seguida no ranking, com 60% de desaprovação. Em agosto, ela tinha 63% – também oscilou na margem de erro. Depois aparece o pedetista Ciro Gomes, com 57%, que registrou melhora de oito pontos porcentuais de uma pesquisa para a outra.

Apenas Fernando Haddad (PT) teve desempenho melhor que o de Ciro: diminuiu em nove pontos a desaprovação e agora aparece com 50%. Desses nove, oito vieram de pessoas que antes diziam não conhecer o candidato, que só foi oficializado na disputa no dia 11 de setembro, depois do indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.

Ciro, por sua vez, converteu os eleitores que já o conheciam antes, mas que o desaprovavam: sua aprovação cresceu de 18% para 26%.

O Ipsos não mede intenção de voto ou rejeição à candidatura, apenas analisa a opinião dos brasileiros sobre personalidades do mundo político e jurídico. O presidente Michel Temer, por exemplo, aparece com 93% de desaprovação no novo levantamento – oscilação de um ponto para baixo. Lula segue com 51%, enquanto o juiz Sérgio Moro oscilou de 48% para 45%.

O presidenciável com o pior desempenho em relação à pesquisa anterior é Alvaro Dias, do Podemos. À medida que passou a ser conhecido, o ex-governador do Paraná viu a desaprovação do seu trabalho subir de 48% para 57%.

Ex-ministro da Fazenda, o candidato Henrique Meirelles, do MDB, registrou 56% de desaprovação em setembro, ante 60% em agosto. João Amoêdo, do Novo, foi de 44% para 52%. Guilherme Boulos, do PSOL, oscilou de 47% para 49%.

A pesquisa de setembro marca o ápice da sensação de que o País está no caminho errado. Esta é a opinião de 96% dos entrevistados.

Já o nível de preocupação com o futuro do Brasil subiu de 56% para 60%. O aumentou se deu, porém, a partir de uma queda no nível de revolta da população, que diminuiu de 30% para 25%. Os índices de otimismo (8%) e conformismo (4%) permaneceram os mesmos da pesquisa de agosto.

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