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Fim da ficção

Estão chegando os biocomputadores com células cerebrais humanas

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição - Foto Reprodução

Segundo os pesquisadores, os computadores com tecido cerebral biológico podem sentir a lacuna entre o maquinário rígido e a mente humana. O que é mais importante, eles podem aumentar nossa compreensão de como o cérebro funciona.

Biocomputadores futuristas que usam células cerebrais humanas logo podem se tornar reais. Um novo estudo conduzido por cientistas da Universidade Johns Hopkins e publicado em ” Frontiers in Science” mostra que é possível usar organoides cerebrais retirados de pequenas amostras de pele humana, revolucionando assim a indústria de alta tecnologia.

“A biocomputação é um enorme esforço para compactar o poder computacional e aumentar sua eficiência para ultrapassar nossos limites tecnológicos atuais”, afirma a equipe de pesquisa.

A equipe científica usou tecido cerebral do tamanho de um ponto de caneta para experimentos, como se fosse um hardware biológico. Os pesquisadores enfatizam que, embora os computadores possam superar o cérebro humano em cálculos, quando se trata de tomar decisões lógicas complexas, eles ficam aquém.

“O cérebro ainda é incomparável com os computadores modernos. Frontier, o mais recente supercomputador em Kentucky, é uma instalação de US$ 600 milhões e 6.800 pés quadrados. Somente em junho do ano passado, superou pela primeira vez a capacidade computacional de um único cérebro humano — mas usando um milhão de vezes mais energia”, afirmou o principal cientista.

Os especialistas começaram a crescer e montar células cerebrais em organoides funcionais usando amostras de pele humana. Em seguida, eles reprogramaram essas células em estados embrionários semelhantes a células-tronco. A equipe científica espera construir um supercomputador com esses organoides. Eles acreditam que essas partes biológicas diminuirão as demandas de consumo de energia da IA.

A exploração científica também abre as portas para novas pesquisas em neurociência. “Isso abre pesquisas sobre como o cérebro humano funciona. Porque você pode começar a manipular o sistema, fazendo coisas que eticamente não pode fazer com cérebros humanos”, afirma o pesquisador.

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