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Sem 'bom dia'

Estudantes não podem mais falar com controlador de tráfego

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

O inglês Colin Spencer, de 83 anos, vem trabalhando como “homem-pirulito” para a escola primária St. George’s, em Stockport, na grande Manchester, há 14 anos. Seu trabalho é interromper o trânsito na região para que crianças passem. Carismático, Spencer normalmente cumprimenta as crianças e, ocasionalmente, recebe alguns abraços.

Na última semana, o conselho da cidade disse que Spencer deveria parar de cumprimentar os estudantes e “se concentrar em garantir a segurança nas vias”. Segundo Dawn St. Clare, mãe de filhos que estudam na escola que emprega os serviços de Spencer, o conselho que faz a gestão dos controles de tráfego do colégio enviou uma mensagem de texto aos pais na última terça-feira (6) pedindo para que as crianças não cumprimentem mais o idoso.

No dia seguinte, o órgão enviou outra mensagem dizendo que eles podiam cumprimentar o velhinho, contanto que fosse na calçada. Para St. Clare, a medida é ridícula e pode afetar as crianças, que já estão acostumadas com a simpatia de Spencer, e não conseguem entender o motivo da mudança de comportamento. “Algumas estão no espectro do autismo e vivem em uma rotina. Outras continuam tentando cumprimentá-lo”.

O “homem-pirulito” disse ter visto algumas crianças chorarem após a proibição, já que não podem cumprimentar seu amigo de todas as manhãs. “Os mais novos não compreendem”. Um porta-voz do conselho de Stockport afirmou que “patrulhas de cruzamentos escolares precisam observar constantemente as vias e condições de tráfego para garantir a segurança. Foi solicitado que a patrulha desse local parasse de cumprimentar e concentrasse no seu trabalho principal de garantir a segurança na pista”.

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