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Não escapa ninguém

EUA quer míssil hipersônico para enfrentar China e Rússia

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Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução

Membros do pacto de segurança envolvendo Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, emitiram uma declaração conjunta dizendo que os três países estão fazendo um esforço conjunto para desenvolver armas hipersônicas, bem como outros meios de guerra eletrônica. A cooperação expandirá o pacto de segurança que se acredita ser projetado para deter e conter a China, informou o Financial Times.

“Nos comprometemos hoje a iniciar uma nova cooperação trilateral em capacidades hipersônicas e contra-hipersônicas e de guerra eletrônica, bem como expandir o compartilhamento de informações e aprofundar a cooperação em inovação de defesa”, afirmou o comunicado.

O enviado da China na ONU respondeu ao anúncio alertando os membros desses países contra “coisas que podem levar outras partes do mundo à crise”, semelhante ao que está ocorrendo atualmente na Ucrânia.

A notícia vem após o Pentágono confirmar um relatório anterior divulgado pela CNN de que os EUA “recentemente” realizaram seu primeiro teste bem-sucedido de um míssil hipersônico desenvolvido pela Lockheed Martin, chamado de “Conceito de Arma de Respiração Hipersônica (HAWC)”. Este foi o primeiro passo bem-sucedido do Pentágono no caminho para desenvolver seu próprio armamento hipersônico após uma série de falhas relatadas.

Os EUA começaram a desenvolver essas armas no século 20, mas colocaram congelaram o programa depois que ele não conseguiu produzir resultados devido a restrições tecnológicas. O programa teria sido reiniciado e revigorado depois que a Rússia e a China apresentaram mísseis hipersônicos funcionais há vários anos e mais recentemente, a Coreia do Norte.

De acordo com relatos da mídia americana e europeia, a China realizou um teste de um míssil hipersônico, que conseguiu voar ao redor do globo e pegou o Pentágono de surpresa. O míssil foi supostamente capaz de atingir os EUA a partir do Polo Sul, embora a maioria das capacidades de radar antimísseis da América esteja focada no Norte.

O Pentágono admitiu que a China conseguiu se colocar muito à frente na tecnologia de armas hipersônicas podem viajar a velocidades superiores a Mach 5 e manobrar rapidamente em pleno voo, tornando sua trajetória extremamente difícil de prever em comparação com mísseis balísticos regulares. Isso, por sua vez, torna as armas hipersônicas difíceis de se atingir mesmo com os modernos sistemas de defesa aérea.

A Rússia diz que seu mais recente sistema de defesa aérea da série S foi construído para levar em conta a experiência do país em armamento hipersônico e, portanto, pode interceptar esses mísseis. No entanto, Moscou ainda não realizou testes ao vivo de tais interceptações.

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