Eventos climáticos extremos são cada vez mais frequentes no Brasil

Aparentemente, eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes no Brasil. E isso exige de todos nós, especialmente das autoridades, um novo tipo de responsabilidade. Não dá mais para tratar enchentes, deslizamentos, furacões, secas e ondas de calor como “surpresas da natureza”. Não dá pra simplesmente dizer que “choveu mais do que o esperado”. Essa desculpa é inaceitável. Porque se todo ano chove mais que o esperado, então já é algo previsível. E o que é previsível precisa ser planejado.

O país precisa estar preparado. Isso significa investir em drenagem urbana, habitação segura, saneamento, sistemas de alerta e planos de evacuação. Significa olhar para as encostas, para os rios, para as cidades que crescem desordenadas e vulneráveis. Não podemos continuar reagindo apenas depois da tragédia, com helicópteros, cobertores e discursos de solidariedade.

Prefeitos, governadores e o governo federal deveriam estar, neste exato momento, adotando ações para mitigar os efeitos desses fenômenos e prevenir estragos e mortes. A ciência já nos avisou, e o planeta está cobrando a conta. O que falta não é aviso. É vontade política, planejamento e empatia com quem sofre as consequências.

Não podemos normalizar o caos climático. É hora de levar o tema a sério, porque o futuro e o presente já estão nos pedindo urgência.