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Uma aula

Ex-espião da CIA liga conflito na Europa à ambição da Otan

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James Tweedie/Via Sputniknews - Foto Reprodução

Os EUA e a OTAN deixaram a Rússia sem escolha a não ser enviar tropas para a Ucrânia no ano passado, revelou nesta quarta, 24, Ray McGover, ex-analista de inteligência da CIA em entrevista ao portal russo Sputniknews. O presidente russo Vladimir Putin, segundo o ex-espião, não teve “outras opções” a não ser ordenar a operação militar para defender as repúblicas de Donbass.

“Eu vejo todas as evidências. O senhor Putin não tinha outras opções”, disse ele. “E então, quando as pessoas dizem: ‘oh, claro, ele tinha outras opções’, eu apenas digo, tudo bem, me dê uma.” Fndador da Veteran Intelligence Professionals for Sanity, McGover sublinhou que os governos ocidentais terão que ver o conflito da perspectiva da Rússia se quiserem encerrá-lo.

“Você não terá paz a menos que entenda como isso começou”, disse McGovern. “Se você partir da premissa de que Putin colocou na cabeça um dia: ‘ei, vamos invadir a Ucrânia, vamos ver até onde podemos ir, talvez a próxima Polônia ou os estados bálticos’, se você não for sábio o suficiente para ver através disso e questionar essas suposições, tudo está perdido, porque atingimos um ponto crítico real agora.”

McGover frisou que o fornecimento de armamento cada vez mais caro para a Ucrânia – cada um anunciado como uma nova ‘virada de jogo’ – não alcançaria a paz nem uma vitória ucraniana.

“Esses alunos do segundo ano na Casa Branca aconselhando Biden, eles serão solicitados a aumentar a aposta um pouco mais para enviar caças avançados para se juntar à briga na Ucrânia para escalar, escalar, escalar”, lamentou McGovern. “E nada disso vai derrotar os russos, porque você tem que olhar para aquele mapa, pelo amor de Deus.”

O veterano oficial de inteligência disse que o Ocidente precisa ser honesto sobre “quem está errado aqui” quando Putin “sentiu que seu país estava em grande perigo”. E acrescentou: “Esse era o meu ofício, meu ofício. Coloquei-me no lugar do líder da União Soviética ou no lugar da Rússia”, lembrou McGovern. “Posso dizer honestamente que, se eu estivesse no lugar de Putin, não teria agido de maneira diferente.”

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