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Exército entra em campo para combater dengue nas satélites

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Cem militares do Exército já estão preparados para atuar com agentes de saúde no combate à dengue e à febre chikungunya no DF. Este ano, os casos de dengue registraram redução de 60,6%, em relação ao mesmo período de 2014. O treinamento, que teve início na terça-feira (3), termina nesta sexta-feira (6) com ações práticas na Estrutural. A próxima região que receberá a força-tarefa com o apoio do Exército será o Lago Sul, entre 9 e 17 de março. Nessa região, houve registro de 33 casos da doença só este ano, contados até 3 de março.

O chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção à Dengue, da Secretaria de Saúde, Ailton Domicio, disse que, com o reforço dos militares, agora a ação contará com 17 equipes de trabalho — antes eram apenas sete. “Eles darão esse apoio aos agentes até o final de maio e trabalharão sempre na parte da manhã. Já os agentes ficarão nas ruas durante oito horas diárias”, informou Domicio. Segundo ele, não existe um calendário definido para as próximas regiões a serem visitadas, mas adiantou que a secretaria vai atuar com base em avaliações epidemiológicas feitas em reuniões todas as terças-feiras.

A titular da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, Kenia Cristina de Oliveira, explicou que a Estrutural foi escolhida para a aula prática porque, apesar de os casos de dengue não serem significativos — três este ano —, a região tem características particulares. “Aqui tem muitos catadores de recicláveis, muitos depósitos e locais que são propícios para a proliferação do mosquito, por isso achamos um bom local para o aprendizado de campo”, justificou a diretora.

Durante o treinamento, divididos em grupos de dez — cada um deles acompanhado de um agente de Vigilância Ambiental em Saúde —, os militares visitaram oito quadras dos Setores Leste e Oeste. Ao final da visita à quadra 1 do Setor Oeste, o agente Amadeu Fernandes Teixeira afirmou que a recepção dos moradores foi muito boa. Como no caso da costureira Maria Terezinha Braz Santos, de 58 anos, há 20 na Estrutural: “É sempre bom ter alguém para nos alertar”. Apesar de estar sempre atenta aos focos da dengue, a moradora havia esquecido de tirar a água de uma lata de tinta no quintal.

De acordo com o major Morgero, oficial do Comando Militar do Planalto, foram selecionados para essa operação militares de equipes de várias unidades de organizações de Brasília para que não houvesse desfalque nos trabalhos. “Essa é uma ação preventiva, porque houve uma redução de casos da dengue no DF, mas pretendemos manter essa tendência de queda. Estamos aqui a pedido do governador Rodrigo Rollemberg, que detectou o reduzido número de agentes e pediu um reforço.”

As atividades deste ano da força-tarefa de combate à dengue e à febre chikungunya começaram em Planaltina, no bairro Arapoanga. De 9 a 12 de fevereiro e de 19 a 23 do mesmo mês, foram inspecionados 4.985 imóveis. Desses, 197 precisaram de tratamento com larvicida, produto utilizado para matar a larva dos mosquitos transmissores. Além disso, 30 agentes comunitários da região administrativa estão ajudando no trabalho de mobilização. Essas equipes ficarão no local até que o trabalho seja finalizado.

Em 23 de fevereiro, agentes de saúde começaram a percorrer casas de cinco regiões administrativas. Esse trabalho faz parte da rotina do Distrito Federal que, em 2011, instituiu a Semana de Prevenção da Dengue no DF, realizada de setembro a maio, sempre na terceira semana de cada mês. Excepcionalmente, em fevereiro, por causa do feriado de carnaval, a atividade teve que ocorrer na quarta semana.

O próximo foco de atenção do combate à dengue será a cidade de Santa Maria, depois virão Brazlândia, Sobradinho II e Gama. A ideia é repetir até junho em diferentes regiões, com retomada em setembro. “Vamos visitar todo o Distrito Federal. Nenhuma cidade ficará de fora”, adiantou Domicio.

Kelly Crosara, Agência Brasília

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