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'Instabilidade institucional'

Exército sem farda verde-oliva ‘cerca’ Bolsonaro

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

O Palácio do Planalto vê com ares de preocupação um Manifesto à Nação, assinado por diferentes categorias policiais, em que o presidente Jair Bolsonaro é advertido para não vetar os reajustes salariais previstos no ‘Orçamento de Guerra’ aprovado pelo Congresso Nacional.

O veto foi prometido por Bolsonaro na quinta, 7, atendendo a um pedido de Paulo Guedes, ministro da Economia. Esse sacrifício (de ficar sem aumento por dois anos) vai ser necessário, segundo a equipe econômica, para colocar a casa em ordem.

Pelos cálculos de Guedes e sua equipe, a economia para os cofres públicos, sem o reajuste, deve girar em torno de 120 bilhões de reais. Os profissionais que atuam na área da segurança, porém, entendem que não serão eles a pagar o pato pelo descaso do próprio governo com a pandemia do novo coronavírus.

O ‘manifesto’ é assinado por representantes de PMs, Bombeiros, Guardas Municipais, Polícias Civis, PRF, PF, Polícias Penitenciárias e Agentes Socioeducativos. E deixa transparecer, nas entrelinhas, uma velada ameaça a Bolsonaro. principalmente quando falam em “risco de instabilidade institucional”, caso o veto se concretize.

Para esse verdadeiro exército que usa fardas de diferentes cores, menos o verde-oliva, a decisão do Congresso Nacional (de conceder o reajuste) foi “democrática” e os profissionais de segurança pública estão “diuturnamente expostos a riscos de toda ordem”, inclusive ao “contágio e à morte por complicações da Covid-19″.

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