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Esfinge desvenda mistério

Exu pega falcatruas de Ibaneis, o pai do Ibaneis candidato

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Autor/Imagem:
José Seabra

O sistema de produção e edição de textos do Admin de Notibras foi invadido na noite desta segunda, 1. Segunda-feira, no Candomblé, é Dia de Exu. Exu é o mensageiro dos Orixás. Ele é o guardião das cidades e do comportamento humano.

Há indícios de que a ação dos hackers, que subtraiu apenas um texto de Notibras às 22h23, tenha partido de Fortaleza, capital do Ceará, ou redondezas. A matéria corrompida por vírus fazia referência a uma denúncia supostamente envolvendo um candidato ao Palácio do Buriti.

Exu nem sempre nomina. Indica caminhos. E a matéria de Notibras atingida pela ação criminosa dos hackers não falava de candidato A ou G. I ou R. Mas era uma notícia que, no seu rastro, poderia implodir uma candidatura que vem ganhando nos últimos dias uma musculatura maquiada por pesquisas eleitorais.

Uma investigação tenta identificar com precisão a origem do ataque cibernético. E como se espera de um regime democrático, Notibras aguarda a responsabilização dos culpados pelo ataque à democracia e liberdade de imprensa.

Mas, como não dorme, Exu fez chegar à Redação de Notibras, por caminho diverso, uma denúncia com nomes. Foi nos últimos minutos da mesma segunda-feira 1.

Diz respeito a Ibaneis Rocha Barros, pai do advogado Ibaneis Rocha, candidato do MDB ao Palácio do Buriti.

Ibaneis Rocha, pai, andou pulando de galho em galho na Câmara Legislativa, nos fins dos anos 90 e início do ano 2000. Recebia dinheiro dos cofres públicos sem trabalhar,  cedido, numa ação fraudulenta, pela Fundação Universidade Estadual do Piauí.

Supõe-se que seja no Piauí onde Ibaneis, o candidato, detenha parte da sua fortuna avaliada em muitos milhões de reais.

Ibaneis, o pai, foi levado à Câmara Legislativa pelo então presidente da Casa, Benício Tavares. Quando a Fundação Universidade Estadual do Piauí foi alertada de irregularidades envolvendo a entidade, Ibaneis, o pai, foi remanejado dentro da estrutura da Câmara Legislativa.

Do Gabinete da Presidência, onde tinha o escudo de Benício, o pai do hoje candidato Ibaneis Rocha foi lotado na Comissão de Assuntos Sociais. Mas, como ainda havia suspeitas no ar, Ibaneis, o pai, foi finalmente nomeado para o gabinete de João de Deus, à época dos fatos deputado distrital e velho aliado de Benício Tavares.

A farsa foi desmascarada no dia 29 de março de 2000. Na ocasião, Eliana Maria Mendonça Sampaio, pró-reitora de Administração e Finanças da Fundação Universidade Estadual do Piauí, assinou ofício dirigido à Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde afirma, enfaticamente, que Ibaneis Rocha Barros forjou um documento jamais emitido pela Divisão de Assistência e Obrigações Sociais daquela instituição.

Na matéria alvo dos hackers, onde nenhum candidato é nominado, sugere-se que a primeira ação de Exu se assemelhe a um mistério a ser decifrado pela Esfinge. Horas depois, como guardião do comportamento humano, Exu decidiu dar nomes aos bois.

Notibras toma a liberdade de lembrar – e isso não é mera coincidência -, que o ex-deputado Benício Tavares, que acobertou as falcatruas de Ibaneis, pai, é coordenador da campanha do candidato Ibaneis, filho, ao Governo do Distrito Federal. E registra, por fim, que ação de hackers não calam a verdade.

Saravá!

 

 

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