Máxima culpa
Falsas narrativas e mentiras covardes anteciparam o ocaso de Bolsonaro
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Quem vai acreditar em uma família de brasileiros que usa motivos políticos para prejudicar a economia do país? Quem vai acreditar em alguém que se alia a um agressor estrangeiro contra seu próprio país? Quem vai acreditar em um patriarca que, para livrar a pele, entrega quem ele financiou e chefiou ao STF? Só os maluquinhos lembrados por Jair Bolsonaro ao depor para Alexandre de Moraes no processo sobre a trama golpista. Sem querer querendo, Jair, Eduardo Bolsonaro e a trupe do mal mostraram ao mundo quem verdadeiramente é leal ao Brasil.
Bolsonaro facilitou o trabalho da militância petista. Outrora dura e insossa, a rapadura hoje é mole e doce feito um favo de mel. Tudo por causa do jeito diferente como a família que já ocupou os palácios do Planalto e da Alvorada ama a Pátria amada. Não se ataca uma democracia dizendo que ela não é uma democracia. O clã Bolsonaro fez isso. Os brasileiros do bem estão atentos. O eleitor se cansou das narrativas inócuas, beligerantes e criminosas dos bolsonaristas covardes.
A conta final está mais próxima do que pensam os apoiadores da catástrofe defendida pelo ex-presidente e por seus filhos. E de nada adiantarão os gritos, esperneios ou as chantagens de Donald Trump contra Luiz Inácio, presidente legitimamente eleito. Para convencer Trump, Eduardo Bolsonaro culpou a China pelo sucesso dos mandatos de Lula. Segundo ele, os chineses estão comprando tudo do Brasil, o que, conforme 03, teria garantido a Lula dinheiro suficiente para criar alguns programas assistenciais. Outra mentira.
Mesmo que alguns questionem, Lula teve – e tem – a competência que papai Jair jamais experimentou. Foram essas as mentiras que levaram o republicano Trump a definitivamente convencer o eleitorado brasileiro que Lula da Silva pode não ser o melhor, mais é infinitamente mais competente, antenado e politicamente correto do que Bolsonaro. Por sua máxima culpa, fosse eu o pai de Dudu Malvadeza, punha o menino de castigo por uma semana no mesmo quarto da Gretchen depois da ducentésima plástica e em pleno cio. Dudu é o maior culpado pelo ocaso antecipado da vida política do pai.
Quanto ao presidente dos Estados Unidos, sugiro que ele, como “caubói fora da lei”, comece a se preocupar mais com seu país, antes que a terra de Tio Sam se transforme em pária do mundo globalizado. Até bem pouco tempo, era comum aos que se opõem ao imperialismo norte-americano imaginar que Donald Trump não sabia o que dizia. Passados seis meses de sua segunda posse como mandatário dos EUA, poucos têm dúvida de que ele também não sabe o que faz.
Lembrando um dos velhos líderes do grupo supremacista branco Ku Klux Klan, Trump deverá se transformar, em 2026, no enredo de um dos mais importantes blocos carnavalescos do subúrbio do Rio de Janeiro: Filhos da Pauta. Se aceitarem novas sugestões, indico Jair Bolsonaro para mestre-sala, Eduardo Bolsonaro para mestre de bateria e o silencioso pastor Silas Malafaia para puxador do samba enredo. Com sua mania de babador de ovos e de alegoria explícita da família Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas poderia ser guindado à chefia dos empurradores de carros alegóricos. Em tempo: o enredo do Filhos da Pauta será “Nem vem que não tem”.
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Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais