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Falta de agente comunitário afunda saúde do DF na crise

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Um estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina aponta que Brasília possui a pior cobertura de agentes comunitários de saúde do país, atingindo apenas 19,13% da população. As informações são do G1.

O papel da categoria é atuar junto às famílias, acompanhando grávidas, incentivando o aleitamento materno, orientando a comunidade a usar adequadamente os serviços e compilando registros de casos de doenças como a dengue, por exemplo.

O levantamento foi feito com base nos relatórios resumidos de execução orçamentária de 2013, enviados por todos os estados para a Secretaria do Tesouro Nacional. Segundo o estudo, São Paulo é a segunda unidade da federação com pior índice no ranking, com cobertura de 35,36%, seguido pelo Rio Grande do Sul (43,58%), Rio de Janeiro (48,11%) e Pará (58,29%). A média brasileira é de 62,48%, e todos os outros estados a superam.

A Secretaria de Saúde confirmou a taxa e disse que entraves jurídicos e desentendimentos com o sindicato da categoria dificultaram a contratação de novos profissionais desde o início do governo. De acordo com a pasta, havia 117 equipes de agentes comunitários em 2011. Dessas, 39 precisaram ser desligadas por estarem sob tutela de uma fundação questionada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas.

Depois, segundo a secretaria, os profissionais precisaram passar para o regime celetista e houve discussões para definir qual regime de trabalho dos próximos contratos. O embate teria durado até ano passado, quando então, segundo a entidade, foi encaminhado à Secretaria de Administração o pedido de abertura do concurso. A pasta declarou ainda que chegou a tentar contratar 406 profissionais temporariamente, mas foi impedida pelo sindicato, que quer que as vagas sejam efetivas.

Vice-presidente do conselho, Carlos Vital afirma que o dado chama atenção para as condições de atenção à saúde na capital do país. Ele destaca que a situação leva a uma sobrecarga no trabalho e que os profissionais são essenciais para o combate às doenças.

“A conscientização, o trabalho domiciliar, as orientações, os levantamentos feitos com a participação desses agentes [ficam prejudicados]”, diz o conselheiro. “[O que vemos são] postos de saúde sem condição nenhuma de funcionamento, sem condições de exames laboratoriais.”

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