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Editorial

Fatos novos na Pandora. O que existe por trás disso?

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Há alguns dias Brasília tem sido sacudida por uma série de informações contraditórias acerca da Caixa de Pandora, como ficou conhecida a operação que acabou por tirar o então governador José Roberto Arruda do Palácio do Buriti.

O quadro desenhado há seis anos ganhou novas cores nas últimas 24 horas, com reportagens veiculadas pelo Correio Braziliense e os sites Correioweb e Metrópoles, sugerindo um labirinto por onde transitam a espionagem e a contra espionagem, com denúncias, suspeitas e corrupção sinalizando a necessidade da abertura de investigações mais profundas.

As cores são negras. E graves. A partir das novas revelações feitas pelo site QuidNovi na noite desta quinta-feira, 22, questiona-se nas ruas a lisura da Polícia Civil e do Ministério Público em todo o processo. O mesmo pode ser dito da Polícia Federal, a considerar-se legítima a gravação levada ao ar com o depoimento do jornalista Edson Sombra.

Não se quer aqui condenar A, B, C ou D, mas apenas abraçar a bandeira da moralidade e da ética jornalística, a partir da informação de que o pivô de todo o processo esteve reunido nas dependências do Correio Braziliense, de onde extraiu-se, ao fim do encontro, um texto estilo Nota Oficial com pequenas nuances, para ser posteriormente editado por aqueles três veículos.

A faceta a que supostamente se entregaram os diretores de Redação do Correio Braziliense, Correioweb e Metrópoles, respeitado o que foi apontado pelo QuidNovi, para “de forma canalha” (…) “contar meias verdades para aliviar a face do verdugo agora desmascarado”, merece ser esclarecida para o bem da liberdade de expressão e para que a sociedade se situe sobre o que aconteceu, o que acontece e o que provavelmente está por acontecer.

Se José Roberto Arruda, no exercício do governo, corrompeu, mereceu ser punido. Se Edson Sombra fez o que apontam os indícios, precisa se manifestar sobre o assunto. E se “amigas influentes do meio jornalístico” agiram de forma corporativa para “como um pacto (…) salvar a imagem do pivô das acusações contra o ex-governador”, essas precisam ser ouvidas em juízo, uma vez que sobre elas pesaria, desde já, a acusação de obstrução da Justiça.

A mesma responsabilidade deve recair sobre o QuidNovi, a quem caberia nominar as ‘amigas influentes do meio jornalístico’.

O quadro é grave. As cores são negras. A Polícia Civil, o Ministério Público e a Polícia Federal não podem ficar de fora da moldura. No mínimo, os responsáveis pelo processo divulgado pelo QuidNovi precisam explicar o que motivou os investigadores a jogar toda a papelada no fundo de uma gaveta.

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