Curta nossa página


Habitat adaptado

Fauna ‘se vira nos 30’ para sobreviver à mudança climática

Publicado

Autor/Imagem:
Svetiana Ekimenko/Via Sputniknews - Foto Reprodução

Os orangotangos, grandes macacos que estão associados a imagens de balanços sem esforço em videiras, estão cada vez mais caminhando pela floresta usando estradas madeireiras feitas pelo homem. Mudanças semelhantes estão sendo observadas em várias espécies.

Os habitantes alados, nadadeiras e quadrúpedes da Terra estão cada vez mais adotando novos comportamentos para não apenas sobreviver, mas prosperar em um mundo governado por humanos, de acordo com uma nova pesquisa. De mudanças na dieta à evolução de formas, tamanhos e cores, dezenas de espécies estão aprendendo a se adaptar às mudanças, diz o site da Popular Science.

Como exemplo, os falcões peregrinos costumavam caçar pombos mergulhando em penhascos, mas agora optam por usar arranha-céus da cidade para nidificação e caça vantajosa. Os orangotangos, grandes macacos que costumavam se mover pelas florestas tropicais balançando em trepadeiras, estão cada vez mais se movendo pela floresta usando estradas madeireiras feitas pelo homem. Tais mudanças estão sendo observadas em inúmeras espécies.

Numerosos peixes-boi, ou “vacas marinhas” morrem a cada inverno como resultado do estresse pelo frio, alertam os cientistas, pois não possuem as espessas camadas de gordura que permitem que mamíferos marinhos relacionados, como as morsas, prosperem em habitats gélidos. Bem, eles descobriram uma saída para essa terrível situação e, nos últimos anos, as vacas marinhas que habitam as águas do sul da Flórida encontraram refúgio em usinas de energia.

Essas instalações circulam a água através de sistemas de refrigeração e, quando esse líquido retorna aos rios ou lagoas como escoamento, está quente. De acordo com um estudo publicado em 2006 na revista Marine Mammal Science, sempre que as temperaturas da baía baixam, cerca de 60% da população de vacas marinhas do estado se dirige para a descarga das usinas.

Outro exemplo são os elefantes sem presas. Normalmente, as enormes criaturas usam suas presas de marfim de 1,80 m de comprimento para cavar poços em busca de água, levantar objetos ou brigar com predadores. No entanto, um número significativo de elefantes africanos no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, outrora uma área sujeita à caça furtiva, está agora a nascer sem presas.

A ausência de presas, de acordo com uma análise de DNA de 2021 publicada na revista Science, é uma característica transmitida após décadas sendo baleada por caçadores por marfim. Cada vez mais espécies estão evoluindo, em um sinal de sua determinação em sobreviver na esteira da marca da humanidade em nosso planeta.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.