Domingo
Faxina na casa e na alma
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Aqui em casa, domingo é o dia oficial da faxina. Acordo já sabendo que não vai ter descanso: é o dia de colocar a casa em ordem, de se cansar mesmo ficando o dia inteiro dentro do lar, doce lar. Mas tem algo de quase simbólico nesse ritual. Quando a gente limpa a casa, parece que limpa também a alma. Cada canto varrido, cada objeto devolvido ao seu lugar, é como se abrisse espaço dentro da gente pra respirar melhor.
Quando organizo o quarto, por exemplo, sinto que algo dentro de mim também se organiza. As coisas parecem fazer mais sentido, os pensamentos se ajeitam, e até o humor muda. O simples ato de dobrar uma blusa ou trocar a roupa de cama vira um gesto de cuidado comigo mesma.
No fim do dia, mesmo exausta, gosto de sentar um pouco e olhar em volta. O cheiro de limpeza, o brilho do chão, o silêncio que fica depois do barulho todo… Tudo isso me dá uma paz difícil de explicar. A casa fica limpa. E eu também.