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Uma crechezinha...

Filhos, ter ou não ter, eis a questão em pauta

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Maria Amália Alcoforado - Foto Francisco Filipino

Dia desses me deparei com o delicioso texto da minha colega daqui de Notibras, a talentosa e polêmica colunista Dona Irene. O assunto era sobre o caos que a sua residência se tornou desde que chegou a linda Maria Luiza. Quer dizer, não propriamente quando a menina chegou, mas quando começou a mostrar as suas garrinhas de criança saudável, que não para quieta e é feliz.

Toda a bagunça feita pela Maria Luiza, como diz Dona Irene, é cansativa, caótica, mas também é hilária, surpreendente e absolutamente cheia de amor, barulho, brinquedos e vida. Pois é, isso se chama maternidade.

Cá estou eu, que, na minha idade, poderia ser avó, divagando sobre tal possibilidade. Mas não. Nem mãe quis ser. Por quê? Escolha pessoal, como muitas mulheres também possuem, apesar das pressões vindas por todas as partes.

Se estou arrependida? Sinceramente, não! Bem sei que a vida não é um comercial de margarina, e tenho certeza de que a Dona Irene e o seu marido, o escritor Eduardo Martínez, sabem muito bem disso. E eu, que já sou naturalmente desorganizada, sem nem mesmo possuir um peixinho dourado para cuidar, que certamente morreria de fome se dependesse desta que vos fala para alimentá-lo, aprecio demais a solidão do meu quarto e sala aqui em Copacabana.

Tenho meus amigos e meus amores, sem o compromisso de telefonar no dia seguinte. E está tudo bem! Mas não pense você que é uma crítica à minha colega de redação. Pelo contrário! A maternidade me parece ser maravilhosa, e minhas duas irmãs sempre me falaram muito bem.

— Maria Amália, não sei como é que você nunca quis ter filho. É tão bom!

Essas palavras daí de cima foram ditas por Júlia, minha irmã do meio. Se bem que poderiam ter sido ditas por Eleonora, a mais velha. Todas mães, avós e, não duvido, serão bisavós em breve, já que procriação é quase que um lema na família.

A questão fundamental, creio, é que ter ou não filhos é uma escolha pessoal e complexa. Não há uma única resposta que possa ser utilizada universalmente, como se fosse fórmula mágica. Não é. E essa decisão envolve fatores individuais, sociais, emocionais e financeiros. Então, se você que está me lendo deseja ser mãe/pai, tudo bem. E, caso não queira ter filhos, também está tudo bem. A escolha é sua e de mais ninguém.

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