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Sorte de Rollemberg

Filippelli balança com Temer e perde cacife para o Buriti

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Leonardo Mota Neto

O afastamento do assessor especial do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, Tadeu Filippelli, das equações sucessórias visando o Palácio do Buriti em 2018, é uma possibilidade não remota desde que o Chefe do Governo afirmou que ministros e assessores próximos atingidos pela Lava Jato podem sair espontaneamente.

Fillipelli é um deles. Logo ele, que vinha embalado para disputar o Buriti em 2018. Não é só considerado inevitável que seja um dos mais atingidos pelas delações da Odebtrecht, mas também o desencaixe da mais importante peça do xadrez sucessório da política da Capital.

O previsível fato das exonerações palacianas e a exposição de Filipelli e de outros políticos com grande poder eleitoral em Brasilia, sem dúvida alterará o jogo sucessório e beneficiará o governador Rodrigo Rollemberg para a sua reeleição.

As delações da Odebrecht atingiram de chofre os 4 políticos de maior peso eleitoral de que poderiam fazer frente a Rollemberg. São acusados de receberem propinas por construções milionárias.

São processos repletos de pendências que chamaram a atenção do Tribunal de Contas do Distrito Federal, do Setor de Inteligência da Policia Civil e do Ministério Público.

As obras – como o Estádio Mané Garrincha e o Centro Administrativo – estão diretamente relacionadas com políticos brasilienses que lideram seus blocos de influência na direita e na esquerda. É gente de peso, como os ex-governadores José Roberto Arruda (abrigado hoje no PR) e Agnelo Queiroz (PT), Tadeu Filippelli (que controla a máquina do PMDB com mão de ferro) e o ex-secretário de Habitação de Agnelo, Geraldo Magela, também do PT.

Ou seja, estarão fora do caminho de Rollemberg os chefes de urna eleitoral do DF, sem deixar de adicionar o fato de que o clã Roriz, a maior lavoura eleitoral da Capital, viu-se mais uma vez desgastada com a deputada distrital Liliane Roriz condenada (com direito a recurso) a 4 anos de prisão, acusada de compra de votos e fraude eleitoral.

Como o senador Reguffe afirma pela enésima vez que não deseja concorrer ao governo do DF e o seu colega Cristóvam Buarque prefere a arena federal como pré-candidato a Presidente da República (como consta do site oficial do PPS Nacional) nunca a situação de Rollemberg esteve tão favorável, como se os fatores da sorte (ou de azar para muitos) o estivessem mais uma vez favorecendo, como em 2014.

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