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Não vale um vintém

Flávio Bolsonaro, de bobo da corte, quer dar uma de rei

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@donairene13 - Foto de Arquivo

Semana passada, Flávio Bolsonaro anunciou ao mundo, ou melhor, a quem ainda se dá ao trabalho de ouvir, que será o candidato da direita nas próximas eleições presidenciais. Não foi um anúncio grandioso, cheio de pose, nada disso, e a verdade é que ninguém levou aquilo a sério. Nem o presidente do PL, que fez cara de paisagem; nem os outros nomes da direita, que já estão em campanha há tempos; e, sejamos sinceros, nem o próprio Flávio parece ter acreditado naquilo que dizia. A população então, essa apenas observou, deu de ombros e seguiu a vida.

Não por acaso, poucos dias depois do anúncio, Flávio já começou a insinuar que pode desistir da candidatura, desde que alguém pague o preço certo. A pergunta que não quer calar é: que preço seria esse? Ele está falando de anistia? Está negociando alguma blindagem para si e para sua família? Ou será que pretende transformar sua desistência em moeda de troca dentro da própria direita, que vive num ringue permanente?

Mas existe ainda outra questão, talvez a mais difícil de todas: quais garantias poderiam ser dadas para que a família Bolsonaro, tão afeita a holofotes, confusão e protagonismo, realmente ficasse quieta enquanto outro nome da direita cresce? Porque se tem algo que essa família nunca soube fazer é ficar nos bastidores.

O tempo dirá. Mas uma coisa já está clara: o anúncio da candidatura de Flávio não inaugurou uma corrida eleitoral. Inaugurou uma negociação. E, como sempre ocorre no bolsonarismo, ninguém sabe exatamente o preço, nem as consequências, mas todos sabem que a conta, cedo ou tarde, chega.

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