Ouro doce do sertão
Força da manga alavanca economia nordestina
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No Nordeste, especialmente nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), a manga se tornou uma das frutas mais importantes para a economia e o desenvolvimento local. O clima quente e seco, combinado com sistemas modernos de irrigação, fez do sertão um dos maiores polos de produção de manga do país e até do mundo.
A manga nordestina é conhecida pelo sabor doce, a cor vibrante e a excelente qualidade. Isso acontece porque o clima da região, apesar de seco, é ideal para o cultivo da fruta. A irrigação com as águas do Rio São Francisco permite que os produtores mantenham plantações produtivas durante todo o ano, algo que não seria possível apenas com as chuvas naturais da região.
Nos municípios de Petrolina e Juazeiro, milhares de famílias vivem do cultivo, da colheita e da exportação da manga. A fruticultura irrigada trouxe emprego, renda e melhores condições de vida para a população local. Estima-se que mais de 250 mil pessoas trabalhem direta ou indiretamente com a produção da fruta.
Grande parte da manga produzida no Nordeste é exportada para países da Europa, os Estados Unidos e o Oriente Médio. As variedades mais cultivadas são Tommy Atkins, Palmer e Kent, conhecidas por sua resistência e aparência atraente. Graças à qualidade e ao sabor, a manga nordestina é muito valorizada no mercado internacional.
Mas o sucesso também traz desafios. O uso responsável da água, o controle de pragas e a necessidade de transporte adequado são preocupações constantes. Muitos produtores vêm investindo em tecnologias sustentáveis, como o reaproveitamento de água, o uso de energia solar e técnicas agrícolas que preservam o meio ambiente.
Hoje, a manga representa muito mais do que uma fruta: é símbolo de trabalho, esperança e desenvolvimento para o povo nordestino. Cada manga colhida e exportada carrega o sabor do sertão e a força de quem transforma o solo árido em um verdadeiro pomar fértil.