Triste legado
Fracassados agem como Satanás e não admitem o sucesso como o de Lula
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Em um mundo cheio de desafios e de maldades, ser vencedor é desbravar novos caminhos, é se transformar em herói de sua própria jornada. Um vencedor demonstra arrependimento compensando o erro com acertos em série. Acima de tudo, vencer é saber que as dificuldades são apenas oportunidades disfarçadas. Enfim, os vencedores têm metas, enquanto os perdedores vivem de desculpas. Estrogonoficamente, um perdedor está sempre muito ocupado em continuar sendo um fracasso.
Frases simples, mas capazes de ilustrar o momento político do Brasil. Representadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pela turma de congressistas que prazerosamente trabalha contra a nação, a direita e a extrema-direita foram democraticamente expulsas do céu, mas, por serem maus perdedores e por absoluta indignidade, não aceitam o inferno como forma de evolução. Aliás, o maior problema do fracassado é achar que nenhuma vitória alheia é digna. Para eles, o sucesso dos outros é a desgraça deles.
Por isso, até hoje não aceitam a reencarnação de Luiz Inácio. Bolsonaro, seus familiares e seguidores são o exemplo vivo de todas estas afirmações. Para os fracassados, não existe a palavra vitória, porque são derrotados antes mesmo de lutar. Na verdade, preferem meios escusos para encobrir o insucesso, a falência política. Triste é perceber que, mesmo cometendo erros em série, eles não são preparados para transformá-los em experiência.
Malsucedidos política e socialmente, acabam agindo impulsiva e furiosamente como Satanás, que também é um fracassado. Como fez Bolsonaro no 8 de janeiro, o capetão se utiliza de gente fraca para tentar atingir pessoas fortes. Nessa batalha, o moço destilador de ódio continua perdendo, pois o fraco fica mais fraco e o forte cada vez mais forte. Erraram feio e pagarão lindamente. O ministro do STF Alexandre de Moraes que o diga.
O legado mais importante de Bolsonaro ainda hoje está sob observação psiquiátrica. Trata-se da idolatria política, o que, convenhamos, é algo inerente aos idiotas úteis. Considerando que as paixões humanas não passam dos meios que a natureza utiliza para atingir seus fins, vale lembrar que, na medida em que a sádica lei dessas pessoas é gozar à custa seja lá de quem for, o puxa-saco de político hoje é o fanático terrorista de amanhã. Não tenhamos dúvida disso.
Será o acúmulo de erros do antecessor a razão pela qual o atual presidente da República decidiu se inspirar na vida de um fracassado e preferiu fazer tudo diferente? Provavelmente, sim. Como os frustrados não se emendam, tudo indica que o vencedor permanecerá vencendo. Lembrando uma das célebres frases do Marquês de Sade, Luiz Inácio, em algum momento da tentativa de golpe, deve ter dito a si mesmo: Mate-me novamente ou aceite-me como sou, porque eu não mudarei. Tomara que não!
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Sonja Tavares é Editora de Política de Notibras