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Ofensas gerais

França alfineta Brasil por sarro em Brigitte

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes zombaram da aparência da primeira-dama francesa Brigitte Macron, 25 anos mais velha que o presidente Emmanuel Macron, A briga se desenrolou em meio a um conflito diplomático sobre incêndios na floresta Amazônica.

Jean-Yves le Drian, chanceler da França, condenou neste domingo, 8, o que ele chamou de comentários “indignos” de autoridades brasileiras sobre Brigitte. E advertiu: “Não se administra as relações internacionais como uma competição de insultos”, disse o ministro em entrevista à rádio Europe 1.

Ele acrescentou que não “confunde os atuais líderes [brasileiros] e a realidade do Brasil”. Nas últimas semanas, o governo do Brasil se envolveu em uma disputa com a França por questões pessoais e políticas.

No final de agosto, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro parecia endossar um post no Facebook comparando a aparência das primeiras-damas do Brasil e da França – não a favor de Brigitte Macron – enquanto seu ministro da Economia na terça-feira a chamava de “feia”.

Seus comentários provocaram indignação nos dois países, com políticos franceses protestando em defesa de Macron e brasileiros pedindo desculpas à mulher.

O próprio presidente Macron chamou os comentários de Bolsonaro de “extremamente desrespeitoso” e o ‘extravagante’ líder brasileiro os excluiu, mas nunca se desculpou em público. O ministro da Economia Paulo Guedes, pediu desculpas nesta semana pelo que ele disse ser uma “piada”.

Essa briga pessoal tornou-se parte de um conflito mais amplo sobre os incêndios na Amazônia: antes do comentário sobre Brigitte Macron, Bolsonaro acusou o marido de ter uma “mentalidade colonialista” depois de pedir conversações de emergência sobre incêndios na Amazônia na cúpula do G7 em Biarritz, onde o Brasil não estava presente.

Bolsonaro então rejeitou um pacote de ajuda de US $ 22 milhões anunciado por Macron na cúpula do G7, dizendo que só aceitaria o dinheiro se Macron se desculpasse por chamá-lo de mentiroso.

Antes da reunião de Biarritz, em um momento em que a floresta tropical em chamas causava protestos globais, Macron acusou Bolsonaro de “mentir” sobre seu compromisso de conter o desmatamento na Amazônia, que se acredita estar intimamente ligado aos níveis recordes de queimadas .

De acordo com a agência de pesquisas espaciais do Brasil, houve mais de 72 mil focos de incêndio em agosto – um aumento de 84% se comparado com o ano anterior. Os ativistas ambientais atribuíram o aumento de queimadas a fazendeiros e madeireiros que acionaram ilegalmente os incêndios para limpar e preparar a terra para plantios e criação de gado.

O presidente do Brasil subestimou a severidade dos incêndios – considerados os piores do Brasil em anos -, mas enviou tropas para enfrentar a crise e proibiu temporariamente novas queimadas.

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