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G-20 racha e evita condenar alguém sobre guerra na Ucrânia

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Rishikest Kumar/Via Sputniknews - Foto Reprodução

Os líderes do G20 afirmaram na quarta-feira que aprovaram uma declaração conjunta, na qual reconheceram que o conflito na Ucrânia exacerbou os problemas existentes na economia mundial, mas, no entanto, expressaram opiniões divergentes sobre a crise na Ucrânia.

“Houve outras visões e avaliações diferentes da situação e das sanções. Reconhecendo que o G20 não é o fórum para resolver questões de segurança, reconhecemos que questões de segurança podem ter consequências significativas para a economia global”, diz o comunicado conjunto, adotado nesta quarta-feira, 16.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que “não há necessidade de se aprofundar [na questão ucraniana], já que isso não é assunto do G-20”. Ele também apontou que o Ocidente tentou politizar a declaração final da cúpula do G20 e incluir a condenação das ações de Moscou.

O comunicado conjunto absteve-se de nomear qualquer país em particular que mostrasse uma posição alternativa sobre a Ucrânia, mas a Índia, juntamente com China, Brasil, Arábia Saudita, Indonésia e alguns outros estados, se opuseram consistentemente à abordagem ocidental da crise. Além do mais, Delhi expressou preocupação com os ‘ transbordamentos ‘ das sanções ocidentais impostas a Moscou por exacerbar as crises globais de alimentos e energia.

Além disso, no comunicado, afirma-se que o direito internacional deve ser respeitado, enquanto a ameaça do uso de armas nucleares é inaceitável. Os líderes do G20 também saúdam a iniciativa de grãos do Mar Negro, enfatizando a importância de sua plena implementação por todas as partes.

Após a adoção do comunicado, o secretário de Relações Exteriores da Índia, Vinay Mohan Kwatra, comentou que Delhi “ desempenhou um papel fundamental na negociação bem-sucedida do documento final. ”

“A mensagem do primeiro-ministro Modi de que esta não é a era da guerra e que a melhor maneira de retornar ao caminho do diálogo e da diplomacia para resolver o conflito ressoou profundamente em todas as delegações e ajudou a preencher uma lacuna entre as diferentes partes e contribuiu para o resultado bem-sucedido do documento”, disse Kwatra aos repórteres.

Abordando a crise econômica global, a declaração disse que os países membros continuariam a realizar “ações tangíveis, precisas, rápidas e necessárias”, incluindo calibrar adequadamente o ritmo do aperto da política monetária.

O documento final de Bali também destaca os esforços para garantir o fluxo de produtos agrícolas para o mercado global, como as Faixas de Solidariedade da UE e as doações russas de fertilizantes facilitadas pelo Programa Alimentar Mundial.

Ao final da cúpula, o presidente indonésio, Joko Widodo, entregou simbolicamente a presidência do G20 ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Tecnicamente, a Índia assumirá a presidência em 1º de dezembro.
“O G-20 sob a presidência da Índia será inclusivo, ambicioso, decisivo e orientado para a ação. Juntos, faremos do G-20 um catalisador para a mudança global”, afirmou o primeiro-ministro Modi em seus comentários finais.

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