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Estão de olho

General diz que corrupção é maior ameaça à democracia

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Marta Nobre, com Agências

Os militares estão atentos ao que acontece no Brasil, mas não são nenhuma ameaça à liberdade. O que pode acabar com a democracia, é a corrupção, a impunidade e o crime organizado.

É assim que está sendo traduzida a mensagem do comandante do Exército, general Villas Bôas, lida nesta quinta-feira (19), por ocasião do Dia do Exército. A democracia, segundo ele, será respaldada pelas urnas em outubro.

A população, afirmou o general, saberá votar de forma “livre, legítima, transparente e incontestável”, para colocar o Brasil em um caminho de paz e prosperidade. A mensagem foi acompanhada por uma plateia formada por militares e autoridades civis, como o presidente Michel Temer e ministros do Supremo Tribunal Federal.

A fala de Villas Bôas ocorre dias após uma polêmica gerada por um texto postado por ele no Twitter. Na véspera de o STF julgar o habeas corpus para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o general escreveu na rede social que o Exército compatilhava com a população o “repúdio à impunidade” e que estava “atento às sua missões institucionais”.

Na ocasião, políticos e entidades que se posicionaram contra o texto de Villas Bôas afirmaram que, como comandante do Exército, a postagem poderia soar como pressão sobre o Judiciário.

No texto desta quinta, o general disse que as ameaças à democracia podem retardar “o desenvolvimento do país e prejudicar a estabilidade”.

“Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano; à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado, e à ideologização dos problemas nacionais”, afirmou Villas Bôas na mensagem.

“São essas as reais ameaças à nossa democracia contra as quais precisamos nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade”, completou o general.

Villas Bôas afirmou ainda que, após o resultado das eleições, a nação deve se unir para “comprometer” os governantes com a vontade dos eleitores.

“Nas eleições que se aproximam, caberá à população definir, de forma livre, legitima, transparente e incontestável, a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como Nação. Será esse o caminho para agregar valores, engrandecer a cidadania e comprometer os governantes com as aspirações legitimas de seu povo. O Exército acredita neste postulado”, disse o general na mensagem.

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