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Antártida

Genética do polvo revela ameaça de colapso do manto de gelo

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Autor/Imagem:
Egor Shapovalov/Via Sputniknews - Foto Divulgação

Uma abordagem de investigação envolvendo o DNA do polvo antárctico levou a uma descoberta sobre a estabilidade das camadas de gelo do continente antártico.

O estudo revela que populações isoladas de polvos cruzaram-se livremente há cerca de 125 mil anos, uma mistura genética que indica a existência de canais sem gelo durante um período em que as temperaturas globais eram semelhantes aos níveis atuais.

A principal autora do estudo, Sally Lau, da Universidade James Cook, na Austrália, usou a análise de DNA para reconstruir as mudanças ambientais passadas na Antártida.

Ao examinar o polvo de Turquet, que está presente nas águas antárticas há cerca de 4 milhões de anos, os estudiosos descobriram evidências de colapsos históricos do manto de gelo da Antártida Ocidental.

O estudo sugere que a área é mais vulnerável ao colapso do que se pensava anteriormente, levando potencialmente a um aumento do nível do mar de 3,3 a 5 metros. A subida poderá alterar drasticamente as costas globais, submergindo muitas áreas baixas.

A equipe de investigação analisou DNA de 96 amostras de polvo, recolhidas ao longo de 33 anos, muitas vezes como captura acidental em operações de pesca.

Suas descobertas sugerem dois colapsos separados: um durante meados do Plioceno (3-3,5 milhões de anos atrás) e outro durante o Último Período Interglacial (129.000-116.000 anos atrás), uma época em que a Terra estava aproximadamente 1,5 graus mais quente do que antes dos atuauis níveis industriais.

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