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Governo amplia sistema para compras diretas junto ao produtor rural

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Produtores rurais e associações do Distrito Federal têm até sexta-feira (20) para apresentar documentação necessária à participação em concorrência pública do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). Criado para garantir a venda direta de produtos agropecuários, de artesanato e de plantas ornamentais a órgãos e a empresas da administração pública local, o programa beneficiou 381 produtores rurais do DF.

Desde 2012, a Seagri lançou 20 editais de chamada pública no valor total de R$ 29.527.723,28. O que está em andamento destina-se à aquisição de frutas, verduras e legumes para atender à Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social do DF. O valor disponível para a compra dos produtos é de R$ 2.599.800. O limite para a comercialização por meio do programa é de R$ 120 mil por ano para os agricultores. No caso de associações, o valor individual deve ser multiplicado pelo número de associados listados no contrato. Se dez famílias participam da venda dos produtos, por exemplo, o valor limite por ano é de R$ 1,2 milhão.

Seis órgãos do governo do DF compram — ou já compraram — diretamente dos produtores rurais por meio do Papa-DF. A Fundação Jardim Zoológico de Brasília está no quinto contrato para compra de frutas e de peixes. Somente com a Associação dos Produtores Rurais de Alexandre Gusmão (Brazlândia) foram três. “É visível a superioridade da qualidade das frutas; por ser compra direta, não há muita manipulação e os produtos são colhidos fresquinhos, por isso duram mais e o desperdício é muito menor”, avalia Laura Cunha de Miranda, agente da Diretoria de Alimentação e Nutrição Animal da Fundação Jardim Zoológico de Brasília. A cada semana, o zoológico recebe 1,5 tonelada de frutas e legumes, o equivalente a R$ 3 mil, quantia cerca de 50% mais barata se comparada aos valores cobrados por empresas terceirizadas, segundo Laura.

O presidente da associação de Brazlândia, produtor José Célio de Souza Bezerra, diz que o programa ampliou o mercado consumidor em 50 vezes. Mas reclama que os contratos ainda são pequenos e acredita haver capacidade de atender a demandas muito maiores. Porém, entende ainda se tratar de um período de teste. “Queremos contratos maiores, mas estamos muito satisfeitos; antes tínhamos que jogar muita coisa fora porque não havia compradores”, lembra. A Associação dos Produtores Rurais de Alexandre Gusmão foi criada em 1984 e atualmente tem 400 associados com propriedades em Brazlândia, Taguatinga e Ceilândia.

Produtores rurais interessados em participar do Papa-DF devem apresentar Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). No caso das associações, a DAP Jurídica. Os órgãos do governo do DF que querem comprar de produtores locais por meio do programa devem encaminhar projeto técnico à Coordenação de Compras Institucionais da Seagri-DF. O Papa-DF foi criado pela Lei Distrital 4.752/12 e regulamentado por meio do Decreto 33.642/12.

Paula Oliveira, Agência Brasília

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