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Governo lança plano para conservação da água e solo de Brasília

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Conciliar a produção de alimentos com a conservação do meio ambiente é a principal meta do Plano de Manejo e Conservação da Água e do Solo em Áreas de Produção Rural no Distrito Federal. Lançado nesta quinta-feira (16) durante a AgroBrasília — feira internacional de agronegócios —, o documento propõe aos agricultores a adoção de técnicas sustentáveis de cultivo, algumas delas já implantadas com sucesso.

A expectativa do governo é colocar a iniciativa em prática até agosto deste ano, porém, neste primeiro momento, a implementação ocorrerá somente em uma unidade hidrográfica. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a Bacia do Descoberto e a sub-bacia do Rio Jardim — que faz parte da Bacia do Rio Preto — são fortes candidatas a estrearem a iniciativa.  Existem hoje no DF sete bacias: do Descoberto, do São Bartolomeu, do Rio Preto, do Rio Maranhão, do Rio Corumbá, do Paranoá e do Rio São Marcos.

De acordo com o titular da pasta, José Guilherme Leal, não existe verba para que a implantação do plano ocorra em todas as bacias de uma só vez. “A ideia é que a ação seja realizada gradativamente durante o prazo de 20 anos.” Segundo ele, vários parceiros governamentais e mesmo não governamentais estão sendo convidados a participarem e contribuírem com seus recursos.

O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Argileu Martins, afirmou que essa é uma forma organizada de o Estado trabalhar, em parceria com as comunidades, a conservação do solo, a proteção das nascentes e a melhor utilização da água na irrigação.

O plano combina diversas práticas de manejo e conservação da água e do solo. No que diz respeito ao recurso hídrico, as ações sugeridas ajudam o produtor a utilizá-lo com eficiência, visando à economia de energia. Dessa maneira, ele pode ampliar sua área irrigada, aumentar a oferta para a sociedade e garantir a segurança hídrica para a sociedade como um todo.

Em relação ao solo, as iniciativas melhoram a durabilidade e a qualidade das estradas rurais e conservam e aumentam a fertilidade do solo, bem como a produtividade da pecuária e da agricultura. A técnica de terraceamento e as bacias de retenção de água, por exemplo, ajudam a recarga nos aquíferos — toda formação geológica subterrânea capaz de armazenar água —, contribuindo para recuperação das nascentes.

Kelly Crosara, Agência Brasília
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