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Rollemberg usa velhas caras de Agnelo e Arruda e irrita Câmara

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Foi dada a largada para o governo do socialista Rodrigo Rollemberg. O anúncio do secretariado respeita a promessa de campanha de redução do primeiro escalão. No entanto, suscita, de pronto, a curiosidade em relação aos nomes indicados.

Pelo jeito as relações do Poder Executivo com a Câmara Legislativa prometem ser bem diferentes do que se costuma ver. Na lista de secretários não figura o nome de nenhum deputado eleito, o que por sua vez, pode ser entendido como a intenção de Rollemberg em manter uma “distância regulamentar” do Poder legislativo local.

Há curiosidades na composição do secretariado do novo governo anunciado nesta segunda-feira 15. Por exemplo: o futuro secretário de Saúde, Ivan Castelli, ocupou o importantíssimo cargo de subsecretário de Atenção a Saúde do governo de Agnelo Queiroz.

Ora, se o governador eleito Rodrigo Rollemberg teve e tem atacado tanto a atual administração, inclusive no campo da saúde pública, como é que escolhe um secretário oriundo do governo que tanto critica, e logo para uma pasta tão importante?

No mesmo sentido da indicação do secretário de Saúde, segue a escolha do secretário de Ciência e Tecnologia, Paulo Salles. Ex-integrante do governo Agnelo, onde ocupou a presidência da enroladíssima Fundação de Apoio a Pesquisa, Salles agora é escalado para mostrar o serviço que não mostrou à época, ou para dar continuidade ao que começou aos tropeços.

Outro nome curioso é o do futuro secretário de Segurança Pública. O professor Arthur Trindade, é sociólogo de formação. O seu currículo parece ser robusto. No entanto, é difícil compreender como um sociólogo de formação poderá ter a autoridade necessária para comandar as forças de segurança da Capital Federal. A população de Brasília bem recorda do insucesso na gestão da segurança pública, quando a frente da Secretaria, também se encontrava um outro sociólogo, Roberto Aguiar. É só recordar o que aconteceu durante a Operação Tornado, na cidade Estrutural.

Mais curiosa, no entanto, foi a indicação de Julio Peres para a importante Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. Empresário do ramo da construção civil, presidente do Sinduscon-DF, com fortes relações com José Roberto Arruda, inclusive figurando como testemunha do ex-governador, em um dos processos da Caixa de Pandora.  Peres, aliás, chega a ser primo da ex-primeira dama Flávia Peres, esposa do ex-governador Arruda.

Não obstante, a surpresa do anúncio de alguns novos ocupantes das pastas, o enxugamento do número de secretarias é salutar. No entanto, é necessário que o novo governo detalhe para a sociedade a responsabilidade de cada uma das novas secretarias.

João Zisman, by politiquesbsb.com.br

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