Curta nossa página


Grampo de Lula conversando com Odebrecht pode ser novo pavio de pólvora na Lava Jato

Publicado

Autor/Imagem:


Uma estranha conversa do ex-presidente Lula com Alexandrino de Salles Ramos Alencar, da empreiteira Odebrecht, está se transformando em um pavio de pólvora a ser aceso dentro da Operação Lava Jato. A gravação foi feita pela Polícia Federal. A gravação está com o juiz Sérgio Moro. O tema abordado foi o BNDES. O diálogo foi no dia 15 de junho. No dia 19, Alexandrino foi preso.

No documento encaminhado a Sérgio Moro, o delegado delegado federal Eduardo Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Lava Jato, assinala que “outro contato considerado relevante ocorreu em 15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos assuntos do BNDES referindo-se também a um artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte sobre o tema. Alexandrino disse também que Emilio (Emilio Odebrecht) teria gostado da nota que o Instituto Lula ( … ” criado pelo ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o governo, para trabalhar pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a cooperação com os países africanos e promover a integração latino-americana, entre outros objetivos”) teria lançado depois da divulgação do laudo pericial acerca da contabilidade da empresa Camargo Corrêa, que teria doado três milhões de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado pagamentos a Lils Palestras Eventos e Publicidade Ltda na ordem de R$ 1,5 milhão no mesmo período”.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social é alvo de uma CPI no Congresso, que investiga suspeitas de empréstimos contrários ao interesse público feitos durante as gestões de Lula e da presidente Dilma Rousseff – 2003 a 2015.

Outro nome citado no relatório é de Marta Pacheco Kramer, executiva da Odebrecht. Segundo a PF, Alexandrino Alencar disse que Marta seria ligada ao Instituto Lula.

“O investigado também recebeu ligações de Marta Pacheco Kramer na data da deflagração da operação as 06:06 da manhã do dia 19 de junho de 2015. Curiosamente, Marta foi identificada pelo próprio Alexandrino como vinculada ao “Instituto Lula” o que restou consignado junto ao auto de arrecadação lavrado na residência do investigado acerca dos contatos telefônicos feitos pelo mesmo quando da chegada da equipe”, informou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva.

O Instituto Lula disse que não vai comentar a referência ao ex-presidente. A entidade nega que Marta Pacheco Kramer tenha qualquer vínculo com o Instituto.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.