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Mercedes GLE Coupé

Grande, bonito e possante, mas apertado por dentro

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Autor/Imagem:
José Antonio Leme:

Guiar o Mercedes-Benz GLE Coupé pelas ruas dá a mesma sensação de estar desfilando sobre um elefante. Assim como o paquiderme – mas com bem mais estilo –, o modelo alemão chama a atenção pelo porte avantajado. Isso faz ele sobressair até mesmo sobre o porte de outros SUVs.

A versão 400 Highway é tabelada a R$ 464.900. Ela traz de série auxílio a manobras de estacionamento, ar-condicionado de três zonas, teto solar e sete air bags. Há faróis de LEDs, controles de tração e estabilidade e alerta de fadiga, entre outros. Ao destravar as portas, o logotipo da marca é projetado no chão.

Apesar de ser muito grande, o GLE Coupé leva apenas quatro adultos com conforto. O túnel central alto atrapalha um eventual quinto ocupante. Além disso, passageiros de trás com mais de 1,80 metro ficarão com a cabeça próxima do teto, que é rebaixado para dar um jeitão de cupê ao SUV. Além de prejudicar o espaço, isso reduz a visibilidade traseira.

O interior tem bom acabamento, todos os comandos ficam à mão e os bancos da frente seguram bem os ocupantes em curvas. Entre as várias opções de ajustes, dá para deixar o assento bem próximo ao assoalho, posição geralmente associada a modelos esportivos.

Como é de praxe nos carros da Mercedes, há uma profusão de botões espalhados pela cabine, mas em pouco tempo o motorista se habitua com isso. O seletor da central multimídia ajuda muito, já que algumas funções podem ser acessadas também por meio dele.

Em movimento – O motor V6 3.0 biturbo a gasolina gera 333 cv e 48,9 mkgf. O câmbio é automático de nove marchas e a tração, integral. Esse conjunto é mais do que suficiente para mover os 2.180 kg do carro com vigor. Há quatro modos de condução: conforto, normal, sport e sport+. Além de alterar as respostas de câmbio, motor, suspensão e direção, o sistema pode deixar o controle de tração mais permissivo.

Mesmo no modo mais esportivo, a suspensão privilegia o conforto e o GLE Coupé apresenta alguma rolagem de carroceria em curvas – afinal, são mais de duas toneladas e o centro de gravidade é bem alto.

A alteração de comportamento é nítida, especialmente quando o carro roda sobre piso ruim. Na função sport+, por exemplo, os impactos contra imperfeições são transferidos sem filtros à cabine.

Os freios têm funcionamento pouco progressivo. O sistema só entra em ação após o pedal ser pressionado até o meio e tende a “morder” os discos de forma brusca. Isso faz a frente do carro mergulhar.

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