Guatemala, país nanico, provoca China com cúpula em Taiwan

Taiwan é uma parte inalienável da China, e qualquer tentativa de transformar a ilha em um ator diplomático separado é contrária às normas internacionais, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, na terça-feira, 20, comentando os planos da Guatemala de realizar uma reunião de Países “amigos de Taiwan”.

“Existe apenas uma China no mundo, Taiwan é uma parte inalienável do território da China, o princípio de Uma China é um consenso da comunidade internacional e uma norma universalmente reconhecida de relações internacionais”, disse Mao em um briefing.

A diplomata acrescentou que os esforços da atual liderança taiwanesa para intensificar suas “chamadas relações diplomáticas” estão fadados ao fracasso.

Hoje, Taiwan mantém relações diplomáticas e é, portanto, oficialmente reconhecida por 14 países — Belize, Guatemala, Haiti, Honduras, Ilhas Marshall, Nauru, Palau, Paraguai, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Eswatini, Tuvalu e o Vaticano. Taipei também mantém laços econômicos e culturais com alguns outros estados, embora não tenha relações diplomáticas oficiais.

No início da semana, o novo embaixador da Guatemala em Taiwan, Oscar Adolfo Padilla Lam, disse que a Guatemala planejava sediar uma cúpula de países “amigos de Taiwan” em março de 2023 e esperava que o líder taiwanês Tsai Ing-wen co-sediasse o evento.

Taiwan é governado independentemente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan – um território com seu próprio governo eleito – afirma que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a qualquer contato oficial de estados estrangeiros com Taipei e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.