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Governo de transição

Haiti afunda na crise com renúncia de premiê

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Antônio Albuquerque, Edição - Foto de Arquivo

O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, renunciou ao cargo em meio ao estado de emergência declarado pelas autoridades locais devido aos atuais distúrbios no país. A informação veio além-fronteira: foi prestada pelo presidente da Guiana, Irfaan Ali, nesta terça-feira, 12, acrescentando que o poder no país será temporariamente entregue a um conselho presidencial de transição.

“A este respeito, reconhecemos a demissão do primeiro-ministro Ariel Henry para criar um conselho presidencial de transição e nomear um primeiro-ministro interino”, disse Ali durante uma conferência de imprensa após negociações internacionais na Jamaica.

O conselho presidencial de transição será composto por sete membros representantes de vários movimentos haitianos com direito a voto e dois observadores sem direito a voto, disse Ali, citando uma declaração redigida por representantes do Haiti, dos estados membros da Comunidade do Caribe, dos Estados Unidos, do Canadá, da França e Brasil.

Em 29 de fevereiro, gangues começaram a atirar no centro de Porto Príncipe e no aeroporto internacional da capital haitiana na ausência de Henry, que estava em visita ao Quênia para buscar um acordo para o envio de forças estrangeiras ao seu país para combater o crime organizado.

As gangues disseram que seu objetivo era impedir que Henry voltasse ao Haiti. Uma gangue armada invadiu a maior prisão do Haiti e libertou um número não confirmado de presos. O governo haitiano declarou estado de emergência na região da capital.

O Haiti está há muito atolado numa crise social e política que se agravou após o assassinato do presidente Jovenel Moise em 7 de julho de 2021. O país enfrentou um aumento sem precedentes nas atividades de grupos criminosos, enquanto a situação humanitária se deteriorou devido a uma multidão de desastres naturais.

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