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Doação dos curados

Hemocentro estuda usa de plasma contra Covid

Publicado

Autor/Imagem:
Jonas Valente

A Fundação Hemocentro de Brasília está desenvolvendo pesquisa para verificar a efetividade do tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus com plasma de pessoas que tiveram a doença e se recuperaram. A investigação deste método ocorre também em outros estados, como Rio de Janeiro e em São Paulo.

A utilização do plasma convalescente é uma das tentativas de encontrar tratamentos que evitem o avanço da doença e a mortalidade em pacientes com covid-19. A hipótese é que os anticorpos desenvolvidos por uma pessoa curada contribuam para combater o vírus em outro indivíduo.

Ainda não há evidência científica deste benefício, contudo. Uma pesquisa realizada na China chegou ao resultado de três de cinco pessoas conseguindo ter alta da internação após receberem plasma. Mas a amostra é pequena. Por isso, outros locais estão promovendo investigações semelhantes.

A fundação convida pessoas que já tenham se recuperado da covid-19 para servirem como doadoras. Para participar, é preciso ter entre 18 e 60 anos, pesar no mínimo 60 quilos, não ter histórico de gestações, ter diagnóstico laboratorial de covid-19 (não valem, portanto, testes rápidos), estar sem sintomas há 15 dias e não ter tido complicações como parada cardíaca ou entubação.

Além disso, é preciso atender os requisitos normalmente exigidos para doação de sangue. Os interessados devem preencher um formulário, disponibilizado na página específica da pesquisa criada no site da Fundação Hemocentro.

O envio do formulário não garante a participação. Representantes da equipe da pesquisa entrarão em contato para verificar outras condições clínicas por meio de entrevista. Uma vez selecionada, a pessoa fará um procedimento denominado aférese, quando é realizada a separação do plasma por centrifugação da amostra de sangue.

“O tratamento da pesquisa pode ser que não seja 100% efetivo, mas é uma grande ajuda e pode demonstrar uma efetividade de acordo com o for estabelecido nos nossos protocolos”, declarou em cerimônia de anúncio da iniciativa o presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto. “Ele pode contribuir para que a gente possa mostrar os benefícios da utilização de plasma de pacientes que já estão curados”, destacou.

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