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Homenagem a feirantes acaba em protesto e Liliane promete buscar solução

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Durante solenidade em comemoração ao dia do feirante, realizada no plenário nesta segunda-feira (24), vendedores da Feira dos Importados de Taguatinga protestaram contra o fechamento do local, interditado desde quarta-feira da semana passada.

A área foi interditada por descumprimento de normas de segurança e prevenção contra incêndios, segundo o representante da categoria, Marcos Roberto Rodrigues. Os feirantes querem prazo para se adequar às exigências e não o “descaso do GDF”, disse. Rodrigues explicou que existem 445 bancas e cerca de 1.500 trabalhadores que dependem do rendimento obtido na feira.

“Estimamos uma perda média de R$ 600,00 por banca para cada dia interditado”, alegou. Ele disse que os feirantes pagam impostos ao GDF, que podem chegar a R$ 7.500,00 mensais, e merecem ser ouvidos. A autora da homenagem, deputada Liliane Roriz (PRTB), prometeu intermediar o conflito junto ao secretariado do GDF.

Segundo a parlamentar, “em momento de crise financeira, é necessário lembrar ao poder público a importância dos feirantes do Distrito Federal”. Liliane protestou contra as condições precárias da feira de Taguatinga, em que faltam, inclusive, banheiros para os frequentadores. Em muitas feiras do DF, há problemas de infraestrutura, acrescentou. A deputada sugeriu a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa das Feiras, bem como apresentou proposta de regulamentação de licença para os feirantes.

O presidente do Sindicato dos Feirantes (Sindfeira), Francisco Machado Elias, relatou que há atualmente 84 feiras e trinta mil feirantes em todo o DF e eles “pedem socorro”. Feirante desde 1963, Elias afirmou que muitos vendedores estão migrando para a informalidade e se tornando camelôs. De acordo com ele, os feirantes sofrem com a concorrência de feiras vindas de outros estados, as quais, segundo ele, não pagam impostos e não são submetidas à fiscalização de produtos.

“Sou a favor do protecionismo”, declarou o subsecretário de Empreendedorismo do Distrito Federal, Thiago Jarjour. Ele citou como exemplo Belo Horizonte, onde não é permitida a instalação de feiras oriundas de outras localidades. Segundo o subsecretário, entre as questões que precisam ser enfrentadas pelo governo está a concorrência entre ambulantes e feirantes em situação regular. “Vemos os feirantes como empreendedores”, afirmou.

Vendedores do Recanto das Emas pediram a criação e a regularização de uma feria naquela localidade. Liliane Roriz disse que irá colocar em pauta a questão para a Secretaria de Administração. O deputado federal Rôney Nemer (PMDB/DF), que participou da solenidade, prometeu apoiar o pleito. Para Nemer, as feiras não são apenas locais de compra e venda de mercadorias, mas também “lugar de convivência e confraternização”.

Franci Moraes

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