Câmara dos Horrores
Hugo Motta, esse politiqueiro execrável
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Nos últimos tempos, tenho sentido que este Congresso e, em especial, a Câmara dos Deputados, só tem dado desgosto ao país. A cada sessão, a cada notícia, parece que o fundo do poço ganha um novo subsolo. A figura de Hugo Motta, então, é simplesmente execrável. E digo isso com o peso de quem acompanha esse cenário diariamente e já percebeu que seguir a política brasileira se tornou adoecedor. É isso mesmo: adoecedor. Há dias em que parece que estamos sendo testados emocionalmente, como se a democracia fosse um elástico puxado até quase arrebentar.
Ontem presenciamos mais um episódio triste, desses que fazem a gente questionar que tipo de liderança está moldando o futuro do país. Foi confusão generalizada, gritaria, tumulto, jornalistas agredidos, deputados se empurrando como se estivessem numa briga de rua. Nada disso é compatível com a democracia. Nada. Democracia pressupõe debate, divergência, argumento. Não violência, intimidação e desordem.
E no centro desse caos está Hugo Motta, tentando alterar o Código Penal para beneficiar bandidos já condenados, e querendo fazer isso a qualquer custo, mesmo que para isso precise atropelar regras, ignorar princípios e transformar o parlamento num circo de horrores. É a decadência da política brasileira em sua forma mais explícita e mais vulgar. Não há outro nome.
Diante desse cenário, o que nos resta? Às vezes parece que só podemos assistir, impotentes, a esse espetáculo deprimente. Mas não é verdade: nós ainda temos a resposta mais poderosa de todas. Ano que vem, nas urnas. A única chance real de barrar essa corrosão institucional e moral é lembrando, no dia da eleição, quem produziu o caos, quem estimulou a violência, quem tentou legislar em causa própria e quem trabalhou contra o próprio país.
Até lá, seguimos tentando preservar nossa sanidade e nossa esperança. Duas coisas que esse Congresso tem testado diariamente.