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Destrinchando o Ipec

Ibaneis tem 38% na margem de erro e Buriti pode ter 2º turno

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu - Foto de Arquivo

Quem se debruça sobre pesquisas de intenção de votos faz uma uma análise realista. Consultores costumam avisar seus contratantes que não se pode contar com o ovo antes de ser posto pela galinha. O importante, alertam, é o que sairá das urnas.

É o caso de Brasília. A coordenação da campanha de Ibaneis Rocha (MDB), que tenta a reeleição, já vê o governador reeleito  no primeiro turno, com base na pesquisa Ipec divulgada na noite desta terça, 30. O levantamento foi contratado pela Rede Globo – ou Globo Lixo, como dizem adoradores do ‘mito’, que Ibaneis apoia.

Porém, como a margem de erro de é 3% e desconsiderada a euforia para cima de fictícios 44%, o governador pode ter, na ponta do lápis, 38%. Mesmo assim é uma larga vantagem contra os embolados e tecnicamente empatados candidatos no segundo, terceiro e quarto lugares.

Vejamos, agora, a distribuição dos concorrentes, sabidamente bem mais abaixo, mas que, supostamente – e invertendo o quadro do governador – poderiam ter computada a margem de erro para cima, ou seja, a seu favor. O quadro, teoricamente, ficaria assim – sempre respeitada a possibilidade da margem de erro para baixo, com queda nas intenções de voto do governador, e para cima, beneficiando os concorrentes: Leila Barros (PDT): de 9% para 12%, mesmos percentuais que seriam destinados a Paulo Octávio (PSD). Leandro Grass (PT-PV-PCdoB) que saltou de 4% para 7%, poderia estar na realidade comemorando 10%.

Na sequência, viriam Izalci (PSDB) com 8%; Renan Arruda (PCO), com 5%, Keka Bagno (PSOL), com 4% e outros 8% diluídos entre Coronel Moreno (PTB) e Robson da Silva (PSTU), cada um também com 4%. Outro detalhe que também pode ser levado em conta é a parcela de indecisos, que beira a casa dos 11%. Como tudo depende do eleitor e sobre quem perde e quem ganha na margem de erro. pode-se dizer que a disputa não será definida no primeiro turno.

A pesquisa sugere, porém, que Ibaneis, pragmático desde seus tempos de advocacia e que vestiu-se de Ás de Ouro quando ingressou na política partidária, ainda é pule de 10 para sair vitorioso, embora não necessariamente no primeiro turno. Além do quê, ele tem ao seu lado uma experiente equipe de assessores e marqueteiros, conhecedores de velha data do xadrez político de Brasília. Já as equipes dos demais candidatos patinam no gelo. Vendem imagens de banana em fim de feira, que todo mundo deseja, mas que desconfia do preço, comparado ao de uma maçã caramelada. E não convencem ninguém a comprar.

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