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Índios Fulni-ô e Ciranda fazem povo dançar no aniversário de 55 anos

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O ecletismo musical é a principal característica do primeiro dia de comemoração dos 55 anos de Brasília. A programação desta sexta-feira (17) inclui blues, rock, ciranda e música indígena. Os eventos acontecem na Praça do Conjunto Cultural da República, a partir das 18 horas, e na Praça dos Três Poderes, a partir das 19h30.

O Walê Fulni-ô não é um novato na cidade. O grupo de índios, que difunde a música e a dança típicas da tribo Fulni-ô, em Pernambuco, já visita a capital há alguns anos para divulgar nas escolas a missão de preservar e trabalhar a valorização da cultura indígena. Essa é a primeira vez que os dez integrantes farão parte da programação de aniversário de Brasília.

“Eles sempre estão por aqui nos meses de abril e acabam indo às comemorações, na Esplanada. Desta vez, serão parte da festa e estão felizes por isso”, revela Pablo Ravi, coordenador do projeto do Dia do Índio, que traz os indígenas à capital. O Walê Fulni-ô conserva ainda a língua nativa da aldeia — o Iatê.

Também vinda de Pernambuco, a cirandeira Lia de Itamaracá lançará o clipe Cirandando Pela Praia, às 20h45, na Praça do Conjunto Cultural da República. Antes, o público poderá acompanhar um pouco do trabalho da dupla caipira Volmi Batista e Aparício Ribeiro. Os dois brasilienses separaram um repertório com canções que exaltam a área rural do Distrito Federal. “Para nós é uma honra participar do aniversário da nossa região. É a primeira vez que vamos estar na programação, o que representa um grande sinal de reconhecimento do nosso trabalho”, reforça Volmi.

O Museu da República também será cenário para quem gosta de música instrumental. O quinteto de metais Brasília Brass, que possui trabalhos nacionalmente reconhecidos, tocará ritmos que variam do flamenco ao chorinho.

Na Praça dos Três Poderes, o ritmo predominante será o blues, e quem abrirá a noite de festa é a banda Brazilian Blues Band. O quinteto está em turnê de comemoração dos 20 anos do grupo, celebrados no ano passado, e garante entusiasmo para a apresentação. “É sempre um prazer tocar no aniversário de Brasília. Todos os integrantes são brasilienses e têm um carinho especial pelo dia”, comemorou Luiz Kaffa, o vocalista, ao brincar que terá que fazer jornada dupla, já que também canta no conjunto Lady Laura, último a se apresentar na sexta-feira. “Na Lady Laura, vamos vestir a obra de Roberto Carlos de blues e rock, com mais guitarra e até com uma pegada mais eletrônica”, resumiu.

Entre os dois shows, quem assumirá o palco, por volta das 20 horas, é o grupo Língua Preta. Os cinco integrantes, todos motociclistas do Distrito Federal, comemoram 10 anos de formação do conjunto e tocarão sucessos de nomes como Raul Seixas, Belchior e Luiz Gonzaga, também com uma roupagem, segundo eles, mais blues e rock and roll.

“Quando formos tocar, com aquele cenário do Panteão, do Pombal, será uma emoção muito grande. Nós temos histórias em cada pedacinho daquele lugar. Brasília faz parte da nossa identidade”, diz o vocalista William Costa. Essa é a primeira vez que a banda tem a oportunidade de participar da festa. “Vamos com um orgulho enorme tocar no aniversário dessa jovem senhora. Isso mostra que, finalmente, as bandas locais estão ganhando espaço para mostrar seus trabalhos”, conclui.

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