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Indústria do alvará rendia propina para o ex-administrador Jales

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Investigações do Ministério Público apontam que parcelas do financiamento de um apartamento do ex-administrador de Taguatinga Carlos Jales foram quitadas como pagamento de propina, dentro do suposto esquema de liberação de alvarás de construções irregulares.

Jales mantinha contatos diretos e indiretos com funcionários públicos para obter documentos favoráveis ao licenciamento de empreendimentos do grupo LB Valor, do empresário Luiz Bezerra. Em troca, ele teria pago parcelas do financiamento e da reforma do apartamento do ex-administrador em um condomínio de alto padrão da quadra 107, em Águas Claras.

Planilhas apreendidas pela polícia na LB Valor apontam que foram pagas pelo menos sete parcelas da compra do imóvel, cada uma de mais de R$ 20 mil. Em uma gravação autorizada pela Justiça, a secretária da empresa pede a Carlos Jales o boleto para o pagamento.

Em um trecho da gravação, a secretária diz: “Hoje é dia 4, amanhã é dia 5, é dia de pagar o boleto. E aí, pra eu lançar aqui no sistema, fazer minha programação, estou precisando dele”. Jales diz que sim. “Tem como você mandar por e-mail, igual você manda sempre?”, indaga então a secretária.

Além do pagamento de parcelas do imóvel, uma nota fiscal apreendida durante as investigações mostra que a LB comprou materiais de construção para a reforma do apartamento no valor total de R$ 20.350.

Em depoimento à polícia, um funcionário da Administração Regional de Taguatinga disse que a recomendação de Carlos Jales era atender os pedidos de empresários sem contestação. “Tem que ser feito tudo o que os empresários querem, porque quem paga os nossos salários são os empresários”.

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