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Indústria em crise tem queda superior a 6% no primeiro semestre

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A produção industrial brasileira fechou o primeiro semestre do ano com queda acumulada de 6,3%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho deste ano, a taxa anualizada (indicador acumulado nos últimos 12 meses) registrou recuo de 5%.

Segundo o IBGE, considerando apenas a variação mensal, a produção industrial nacional – em junho – mostrou redução de 0,3% em comparação ao mês imediatamente anterior, após acréscimo de 0,6% em maio deste ano. Esse dado inclui o ajuste sazonal, que é o desconto referente ao aumento das vendas de produtos em feriados ou datas comemorativas.

Os dados sem o ajuste sazonal mostram que, no confronto com igual mês do ano anterior, a produção da indústria apontou queda de 3,2% em junho de 2015, 16ª taxa negativa consecutiva. Apesar de significativa, essa queda é menos acentuada do que a observadas em abril, quando houve declínio de 7,9% na produção industrial. Em maio, a queda da produção industrial correspondeu a 8,9%.

A queda de 6,3% na indústria brasileira no primeiro semestre do ano é o pior resultado para o período desde junho de 2009.

Na avaliação do gerente de coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, André Macedo, entre maio e junho, mesmo com a expansão de 0,6% – o que interrompe uma sequência de três meses consecutivos de queda – o setor fecha o primeiro semestre de 2015 com um saldo “claramente negativo”.

O gerente disse que a exceção neste cenário de quedas generalizadas se dá no setor de indústria extrativa que, no fechamento do semestre, mostra um comportamento distinto do total da indústria de transformação. “Neste setor, há um crescimento calcado na extração de minério de ferro e também com comportamento positivo vindo da área de petróleo, o que justifica o fechamento positivo no setor neste primeiro semestre”.

Nielmar de Oliveira, ABr

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