Instinto de Nós Dois

Entre nós, o amor não pede licença
ele irrompe como tempestade quente,
como chama que não se apaga,
como dança que não conhece fim.

Somos dois corpos em combustão,
dois cometas em rota de colisão,
com olhares que acendem mundos,
com toques que escrevem histórias na pele.

Nosso desejo não tem relógio,
não tem mapa,
não tem freio.
Ele começa onde o olhar termina
e se espalha por cada canto da casa,
como perfume que invade o ar
e não se deixa esquecer.

Somos como vento e fogo,
como mar e trovão,
como dois amantes que desafiam o tempo
com a ousadia de quem não teme o próprio querer.

Nosso amor é feito de liberdade crua,
de entrega sem véus,
de prazer que não se esconde.
Somos poesia em carne viva,
verso que se escreve com o corpo,
ritmo que pulsa sem censura.

E mesmo quando o mundo silencia,
nós gritamos em sussurros,
nos buscamos em gestos,
nos encontramos em febres,
nos perdemos para nos amar outra vez.

Somos um para o outro
sem limites, sem máscaras,
sem medo de ser tudo.
Vivemos esse amor que não se explica,
mas que nos consome com beleza,
como se o universo tivesse nos criado
só para isso:
para sermos
instinto,
intensidade,
e eternamente nós dois.