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Olimpíadas

Ítalo surfa nas ondas do Japão e leva primeiro ouro para o Brasil

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição

Ítalo Ferreira, o surfista que quando criança pegava ondas no litoral do Rio Grande do Note usando pranchas de isopor, é o mais novo campeão olímpico do esporte. Ele conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos de Tóquio na madrugada desta terça-feira (horário de Brasília, tarde no Japão) o derrotar o japonês Kanoa Igarashi na final e subiu ao lugar mais alto do pódio, que ainda teve o australiano Owen Wright, que ficou com o bronze ao superar o brasileiro Gabriel Medina.

“Estou muito feliz. Foi um dia incrível, especial. Trabalhei muito para isso e acreditei. É fantástico ser o primeiro campeão olímpico do surfe”, disse Italo, atual campeão mundial e em 2019 ganhou o ISA Games, que realizado no próprio Japão. O brasileiro chegou ao resultado mostrando muitas manobras ousadas e acertando aéreos incríveis, mesmo com a perna um pouco machucada há algum tempo.

Na final, ainda passou sufoco quando sua prancha quebrou e ele precisou trocar. Mas no final venceu por 15,14 a 6,60 e ficou com o ouro. “Eu vim com uma frase para o Japão: ‘diz amém, que o Ouro vem'”, disse Italo após vitória histórica.

Italo se sentiu em casa no Japão. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) montou uma estrutura bem perto do local de competição e lá ele, Gabriel, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb dormiam, se cuidavam e faziam as refeições. Tinha até arroz com feijão, fazendo com que os atletas tivessem acesso à culinária do Brasil.

Outro fator de conforto era com o tipo de onda, o chamado Beach Break, que são praias com fundo de areia. É bem parecido com o que tem em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, onde Italo cresceu. “No Nordeste tem muitas praias assim com vento constante, então tentei tirar proveito disso”, explicou, mostrando o segredo de acertar tantos aéreos mesmo em condições adversas.

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