Crônica cinéfila
JANELA DISCRETA
Publicado
em
A cena dispara a luz que explode no telão branco
que ilumina a cena para o torto desejo de ver
investigar desvendar depreender desprender
matéria de crime secreto na retina do observa a dor horror
então o real segue suspenso por um fio
talvez seja apenas um apartamento que pensa
poder dirigir a cena o filme a vida
qualquer ação trama ilusão
roteiros de atores mal pagos
a paixão vista pela janela
é tão indiscreta e flerta mistérios
a janela alarga a imaginação
dos olhos no universo
apartamento cubículo círculo vicioso
e vira e congela a cena e a paisagem
a janela é indiscreta a vida não
cena de filme inesquecível
discreta eterna ilusão
………………………
Gilberto Motta é escritor, jornalista e professor/pesquisador, apaixonado por cenas eternas de cinema na linha de Hitchcock. Leva uma vida discreta na Guarda do Embaú, vila de pescadores no litoral Sul de SC.