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Versão 2019

Jetta ganha mais tecnologia, mas perde em potência

Publicado

Autor/Imagem:
Hairton Ponciano

Sete centímetros. É essa a diferença de comprimento entre o Volkswagen Jetta 2019 (4,7 metros) e o irmão mais sofisticado, Passat (4,77 m). Com porte mais imponente e um bom pacote de tecnologia, incluindo alguns itens inéditos no segmento, a sétima geração do sedã da Volkswagen chega às lojas na virada do mês, com a missão de dobrar as vendas em relação às 7.700 unidades de 2017.

O sedã produzido no México vem em duas versões de acabamento, e deixa claro que a montadora pretende brigar apenas na faixa mais alta da categoria: ao contrário dos concorrentes, nenhuma versão está abaixo dos R$ 100 mil. O Jetta mais barato, Comfortline, custa R$ 109.990, enquanto o R-Line sai por R$ 119.990. A expectativa da marca é que a versão mais barata fique com 70% do mix.

A mecânica é comum a ambos: ao menos por enquanto, o modelo será vendido apenas com motor 250 TSI, 1.4 turbo flexível de até 150 cv, feito em São Carlos, interior de São Paulo. O câmbio é automático de seis marchas. O 2.0 TSI (que rende 211 cv no Jetta “antigo”) por enquanto não está disponível.

O Jetta de sétima geração cresceu 4,3 cm no comprimento e 3,7 cm na distância entre eixos (foi para 2,69 m). Ele compensa a perda de desempenho com uma nova plataforma (MQB, a mesma de Golf, Tiguan, etc.), visual totalmente renovado e mais equipamentos.

As versões se diferenciam pelo visual (mais esportivo na R-Line) e pelos itens de segurança e conforto. De série, há seis bolsas infláveis (frontais, laterais e do tipo cortina), ar-condicionado digital de dupla zona, central multimídia com tela de 8” (inclui navegador GPS e câmera traseira), sensores de obstáculos na frente e atrás, faróis de LED com luz diurna, rodas de 17”, chave presencial, botão de partida, etc.

A R-Line traz adicionalmente controle de velocidade adaptativo (acompanha o ritmo do carro à frente), frenagem automática (para carros e pedestres), quadro de instrumentos virtual, farol alto adaptativo e detector de fadiga.

Visualmente, a versão mais cara tem acabamento preto na capa dos retrovisores externos, grade e revestimento interno do teto. O único opcional nas duas versões é o teto solar, por R$ 4.990.

Por fora, o novo Jetta exibe grade mais larga, faróis e lanternas que invadem as laterais e carroceria com vincos que lembram o Virtus, tanto de lado como de traseira.

Por dentro, o sedã é dividido em classe executiva e econômica. A executiva fica na frente, com revestimento macio ao toque tanto no painel como na lateral de porta. Há ainda a possibilidade de alterar a coloração ambiente em dez tons. Mesmo assim, não há ajuste elétrico no banco do motorista. A classe econômica fica atrás. Ali, as laterais de porta têm plástico rígido e não há saída de ar-condicionado (ao contrário do Virtus).

O desempenho não decepciona, mas não há aquela empolgação que o 2.0 TSI oferece no Jetta anterior. O 1.4 turbo é um pouco mais lento nas saídas. Para obter mais ânimo, é recomendável selecionar o modo esporte, na alavanca de câmbio ou na tela multimídia.

Não há aletas para troca de marcha no volante. A Volkswagen divulga aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e velocidade máxima de 210 km/h.

A suspensão é confortável e transmite confiança (na traseira, o modelo manteve o eixo de torção). Da mesma forma, freios (a disco nas quatro rodas) e direção (com assistência elétrica) agradam.

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