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Leivinha, o craque

Jogo de botão à parte, ele era bom mesmo

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Reprodução das Redes Sociais

A minha esposa está aqui ao meu lado me falando que tenho que escrever sobre o Leivinha, antigo jogador do Palmeiras. Até falei pra ela que eu também tinha o Leivinha nos meus jogos de botão. Tive mesmo, foi presente do meu pai, que sempre foi apaixonado por futebol. E, como já falei por aqui, ele era Vasco.

Mas vamos voltar ao Leivinha, antigo ídolo do time da minha mulher. Aliás, ela tem um amigo muito próximo que conhece o Leivinha, ou seja, ela é quase amiga do Leivinha, mesmo que não o conheça pessoalmente. Na verdade, isso até a deixa ainda mais eufórica com o fato de ser palmeirense. “SABIA QUE EU quase CONHEÇO O LEIVINHA?”, essa frase poderia ser dita por ela. Mas não tenho certeza de que ela chegaria a tanto.

Outra coisa que sei do Leivinha é que ele começou a jogar futebol no Linense, time de um colega de trabalho. Pois é, acredite ou não, eu conheço um torcedor do Elefante! Ele se chama Paulo Francisco e, assim como a minha esposa, é desses torcedores bem apaixonados. Que legal esse lance do Leivinha ter iniciado a sua fantástica carreira no Linense!

Esse craque destro, que batia com as duas com fantástica destreza, fez sucesso por onde passou, especialmente no Palmeiras. Mas o cara não era só bom de pernas, mas de cabeça também. Não sei exatamente quantos gols ele fez usando a parte recoberta por seus longos cabelos loiros, mas foram muitos. Ah, isso foi mesmo!

Pois bem, o time de botão do Palmeiras do Ademir e do Leivinha enfrentaram muito o meu Botafogo. Eu jogava até sozinho quando não tinha ninguém. Obviamente, minhas mãos tentavam fazer com que os botões desses craques chutassem a bola para fora. Mas os dois, craques até mesmo no formato de botão, desafiavam meu desejo de só fazer o Glorioso vencer.

O Ademir cruzava para o Leivinha, que, certeiro como as flechas do Robin Hood, conseguia balançar o gol do Manga. Sem chance! O Palmeiras fazia 1 x 0 no meu Fogão. E, antes mesmo que eu me desse conta, lá estava esse tal Leivinha arrancando depois de um lançamento do Ademir, invadindo a área e chutando rasteirinho no canto. Um calafrio tomava meu corpo, minha vontade era de jogar aqueles dois botões pela janela. Que raiva!!! Que desespero!

Quase final do segundo tempo, no placar o Verdão continuava em vantagem. Eu tinha que recorrer ao homem da mala para convencer o juiz a dar uma forcinha para o Botafogo. Na verdade, o Luiz Pereira havia tomado limpamente a bola do Amarildo, mas este se lançou ao chão tão plasticamente, que o juiz não teve dúvida. Marcou pênalti. O Mendonça (já falei certa vez que o meu camisa 8 era ele, apesar dos geniais Didi e Gerson), diminuiu. O Leão nem viu a cor da bola. Palmeiras 2 x 1 Botafogo.

O tempo regulamentar havia terminado. No entanto, lá estava o juiz, que havia sido convencido pelo homem da mala a não deixar o meu Botafogo perder, perder pra ninguém. O homem de preto estava determinado a cumprir o acordo. E foi novamente o Luiz Pereira, com sua classe costumeira, a dar um carrinho limpo no Amarildo. Novo tombo. Mais um pênalti marcado, agora nos acréscimos. Lá foi o Mendonça e empatou a peleja. Ufa! Melhor o juiz terminar logo o jogo, antes que esse Leivinha apronte mais uma! E foi o que aconteceu.

A minha esposa está aqui falando para eu escrever mais sobre o Leivinha. Sei que ele merece, pois era mesmo um cracaço! No entanto, meu coração alvinegro está em frangalhos, pois não é fácil recordar as jogadas e os gols do Leivinha, ainda mais porque ele jogava no outro time. Então, vou parar por aqui mesmo, apesar dela estar ao meu lado me fitando com cara de desaprovação.

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