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Tribunal gaúcho

Justiça da venda nos olhos agora tem duas caras

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Na fanpage mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no facebook, foi informado que na data de 13 de maio de 2021, que todos os sistemas do extrajudicial foram recuperados e ampliados.

Já para o Conselho Nacional de Justiça, nos autos do processo n. 0001158-85.2021.2.00.0000, o TJ-RS apresenta outra versão:

“Como amplamente divulgado (noticias 2771708, 2771724 e 2771820), na quarta-feira dia 28/04/2021 este Tribunal de Justiça foi alvo de ataque cibernético com consequências que se mantém até data de hoje e sem previsão de plena normalização (notícia 2771867). Portanto, entende-se necessário encaminhar as presentes informações ao Conselho Nacional de Justiça, ao efeito de solicitar a dilação do prazo em 30 dias, tendo em vista (i) que não houve a normalização dos trabalhos de acesso à rede junto à área de TI deste Tribunal, inviabilizando o trabalho regular e estável junto aos sistemas informáticos.”

A situação é grave e contraditória. De um lado, o TJ-RS divulga na sua fanpage no facebook, na data de 13 de maio de 2021, que os sistemas do extrajudicial foram ampliados e recuperados e, após, na data de 21 de maio, presta informação ao Conselho Nacional de Justiça, totalmente contraditória com a que foi divulgada.

Enquanto isso, ninguém sabe o que realmente está acontecendo e o problema segue, sem data definida para a sua solução e sobram perguntas no ar:

a) Existe autorização de acesso por parte do TJ-RS a outras pessoas que não pertençam ao quadro de servidores ou a empresas terceirizadas ao seu sistema de informática?

b) As prestações de contas dos valores recolhidos por serventias vagas foram afetadas?

c) Os interinos não são obrigados a possuírem o livro diário onde são lançadas as receitas e despesas

d) O livro diário não deverá ser aberto com numeração das folhas que contém, a declaração de que todas as suas folhas estão rubricadas e com fecho contendo data, nome do delegatário e assinatura?

e) O livro diário não tem que ser visado anualmente pela autoridade judiciária competente?

Dúvidas e mais dúvidas ficam no ar;e quem está sofrendo com tudo isso são os servidores e magistrados, que estão na linha de frente sentindo os dramas, as aflições, o desespero de seus jurisdicionados e advogados, que aguardam a liberação de alvarás e que merecem um serviço público eficiente, eficaz e transparente, com a divulgação de informações condizentes com a realidade dos fatos.

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