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Justiça manda Itaú pagar cliente que ‘caiu’ em pirâmide

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O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o Itaú pague uma indenização de R$ 355,3 mil a uma cliente que investiu no esquema de pirâmide de Bernard Madoff com orientação do banco.

A decisão foi em 2ª instância e o banco não comentou até a última atualização desta reportagem.

Madoff, de 74 anos, é uma celebridade de Wall Street e foi preso em dezembro de 2008. Ele está cumprindo uma condenação de 150 anos de prisão, após uma fraude gigantesca através do denominado esquema piramidal Pozzi, pelo qual utilizava fundos de novos clientes para pagar ou reembolsar os clientes mais velhos.

A cliente entrou com ação pedindo indenização porque o banco teria indicado o investimento, mas perdeu na 1º instância porque a Justiça aceitou o argumento de que a cliente tinha conheicmento do risco.

Na nova avaliação, no entanto, a Justiça entendeu que não se tratou de perder dinheiro por conta do risco do investimento e sim por “fraude em um fundo recomendado, sem que tenha sido feita qualquer espécie de ressalva”. A fraude deveria ter sido percebida pelo banco, de acordo com a sentença, “até pela remuneração e destacada especialidade em razão da prestação de serviços de gestão”.

Em uma mensagem à investidora, que está incluída na ação, o banco diz que o fundo de Madoff “vale bastante a pena” e o indica como “sem sombra de dúvidas, um dos melhores” do mercado. O banco afirma ainda haver “rígido controle de risco” e exalta a qualidade do gestor.

Pirâmide
Entre as vítimas de Madoff estão organizações beneficentes, grandes corporações bancárias, magnatas de Hollywood e especialistas investidores financeiros.

Sua fraude piramidal, a maior fraude na bolsa já conhecida, alcançou entre US$ 17,3 bilhões e US$ 65 bilhões, dependendo se for contabilizado apenas o capital investido ou se forem incluídos os juros. Foi encurralado em dezembro de 2008, quando, com a crise, um número crescente de investidores quis recuperar seu dinheiro.

Agora, cumpre pena na prisão de Butner, na Carolina do Norte (sudeste), onde trabalha por US$ 170 por mês. Ele foi sentenciado em 2009 e teve US$ 170,8 bilhões confiscados.

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